Questões de Literatura - Literatura brasileira - Escolas Literárias - Literatura contemporânea
1.217 Questões
Questão 35 14563680
UEA-Específico Humanas 2025Considere o texto “Serial lover”, escrito por Carpinejar, para responder à questão.
Existe uma infidelidade mais secreta e menos evidente, que acontece depois do relacionamento. Só acontece depois. É uma traição póstuma, retardatária, residual.
É quando você repete os mesmos lugares, os mesmos apelos, as mesmas confidências com outro. É quando você insiste em escrever e tecer declarações exatamente iguais.
É uma extorsão sentimental colocar um desejo para sua nova companhia como se fosse inédito.
Pois a paixão só é idêntica para quem não enxerga as diferenças.
É como remanejar presentes, aproveitar alianças antigas.
Você prova que não tem criatividade nenhuma, demonstra a maior apatia: refaz os passeios que já realizou, leva para os restaurantes que frequentava, as baladas e festas conhecidas, reincide nos roteiros de viagem, destina sonhos e palavras já gastos, reemprega até os nomes aprovados para quando nascessem seus filhos.
Mudou a pessoa, mas não o seu jeito de seduzir. Mudou a pessoa, mas não sua rotina de amar. Mudou a pessoa, mas não seu script.
É uma melancólica sobreposição, desastrada colagem.
Nem precisa cometer o ato falho de trocar o nome do atu al pelo ex, porque estará revisitando atmosferas e cenários. Experimenta locações contaminadas por juras velhas.
Não há sensação mais ingrata para seu namorado an terior ao perceber que era mais um. Um qualquer, nem um pouco especial. Um sósia de cenas românticas. Um dublê da adrenalina e dos feromônios.
Você oferece um passado usado sob o disfarce de futuro. Alcança aquilo que foi ensaiado com o antecessor. Não se dá o luxo de disfarçar, o trabalho de maquiar, colocar uma manta no mobiliário da memória.
Recorrendo à fórmula fixa de história feliz, estabelece uma competição imaginária, anula a individualidade do seu par, apaga a invenção a dois e a costura por caminhos surpreendentes e inesquecíveis
Acredita em sua inocência porque ninguém comentará o assunto. Desfruta da tolerância dos garçons, dos colegas, dos amigos, dos parentes. É realmente um segredo com pe quenas chances de ser revelado, porém a consciência não é boba e um dia se vinga.
O que vive está longe de ser amor, é obsessão.
(Carpinejar. Para onde vai o amor, 2015.)
Ocorre uma palavra formada com um prefixo que expressa negação em:
Questão 34 14563677
UEA-Específico Humanas 2025Considere o texto “Serial lover”, escrito por Carpinejar, para responder à questão.
Existe uma infidelidade mais secreta e menos evidente, que acontece depois do relacionamento. Só acontece depois. É uma traição póstuma, retardatária, residual.
É quando você repete os mesmos lugares, os mesmos apelos, as mesmas confidências com outro. É quando você insiste em escrever e tecer declarações exatamente iguais.
É uma extorsão sentimental colocar um desejo para sua nova companhia como se fosse inédito.
Pois a paixão só é idêntica para quem não enxerga as diferenças.
É como remanejar presentes, aproveitar alianças antigas.
Você prova que não tem criatividade nenhuma, demonstra a maior apatia: refaz os passeios que já realizou, leva para os restaurantes que frequentava, as baladas e festas conhecidas, reincide nos roteiros de viagem, destina sonhos e palavras já gastos, reemprega até os nomes aprovados para quando nascessem seus filhos.
Mudou a pessoa, mas não o seu jeito de seduzir. Mudou a pessoa, mas não sua rotina de amar. Mudou a pessoa, mas não seu script.
É uma melancólica sobreposição, desastrada colagem.
Nem precisa cometer o ato falho de trocar o nome do atu al pelo ex, porque estará revisitando atmosferas e cenários. Experimenta locações contaminadas por juras velhas.
Não há sensação mais ingrata para seu namorado an terior ao perceber que era mais um. Um qualquer, nem um pouco especial. Um sósia de cenas românticas. Um dublê da adrenalina e dos feromônios.
Você oferece um passado usado sob o disfarce de futuro. Alcança aquilo que foi ensaiado com o antecessor. Não se dá o luxo de disfarçar, o trabalho de maquiar, colocar uma manta no mobiliário da memória.
Recorrendo à fórmula fixa de história feliz, estabelece uma competição imaginária, anula a individualidade do seu par, apaga a invenção a dois e a costura por caminhos surpreendentes e inesquecíveis
Acredita em sua inocência porque ninguém comentará o assunto. Desfruta da tolerância dos garçons, dos colegas, dos amigos, dos parentes. É realmente um segredo com pe quenas chances de ser revelado, porém a consciência não é boba e um dia se vinga.
O que vive está longe de ser amor, é obsessão.
(Carpinejar. Para onde vai o amor, 2015.)
“Acredita em sua inocência porque ninguém comentará o assunto.” (13o parágrafo)
O pronome sublinhado refere-se a
Questão 33 14563666
UEA-Específico Humanas 2025Considere o texto “Serial lover”, escrito por Carpinejar, para responder à questão.
Existe uma infidelidade mais secreta e menos evidente, que acontece depois do relacionamento. Só acontece depois. É uma traição póstuma, retardatária, residual.
É quando você repete os mesmos lugares, os mesmos apelos, as mesmas confidências com outro. É quando você insiste em escrever e tecer declarações exatamente iguais.
É uma extorsão sentimental colocar um desejo para sua nova companhia como se fosse inédito.
Pois a paixão só é idêntica para quem não enxerga as diferenças.
É como remanejar presentes, aproveitar alianças antigas.
Você prova que não tem criatividade nenhuma, demonstra a maior apatia: refaz os passeios que já realizou, leva para os restaurantes que frequentava, as baladas e festas conhecidas, reincide nos roteiros de viagem, destina sonhos e palavras já gastos, reemprega até os nomes aprovados para quando nascessem seus filhos.
Mudou a pessoa, mas não o seu jeito de seduzir. Mudou a pessoa, mas não sua rotina de amar. Mudou a pessoa, mas não seu script.
É uma melancólica sobreposição, desastrada colagem.
Nem precisa cometer o ato falho de trocar o nome do atu al pelo ex, porque estará revisitando atmosferas e cenários. Experimenta locações contaminadas por juras velhas.
Não há sensação mais ingrata para seu namorado an terior ao perceber que era mais um. Um qualquer, nem um pouco especial. Um sósia de cenas românticas. Um dublê da adrenalina e dos feromônios.
Você oferece um passado usado sob o disfarce de futuro. Alcança aquilo que foi ensaiado com o antecessor. Não se dá o luxo de disfarçar, o trabalho de maquiar, colocar uma manta no mobiliário da memória.
Recorrendo à fórmula fixa de história feliz, estabelece uma competição imaginária, anula a individualidade do seu par, apaga a invenção a dois e a costura por caminhos surpreendentes e inesquecíveis
Acredita em sua inocência porque ninguém comentará o assunto. Desfruta da tolerância dos garçons, dos colegas, dos amigos, dos parentes. É realmente um segredo com pe quenas chances de ser revelado, porém a consciência não é boba e um dia se vinga.
O que vive está longe de ser amor, é obsessão.
(Carpinejar. Para onde vai o amor, 2015.)
Em “porém a consciência não é boba e um dia se vinga” (13o parágrafo), o autor recorre, sobretudo,
Questão 32 14563626
UEA-Específico Humanas 2025Considere o texto “Serial lover”, escrito por Carpinejar, para responder à questão.
Existe uma infidelidade mais secreta e menos evidente, que acontece depois do relacionamento. Só acontece depois. É uma traição póstuma, retardatária, residual.
É quando você repete os mesmos lugares, os mesmos apelos, as mesmas confidências com outro. É quando você insiste em escrever e tecer declarações exatamente iguais.
É uma extorsão sentimental colocar um desejo para sua nova companhia como se fosse inédito.
Pois a paixão só é idêntica para quem não enxerga as diferenças.
É como remanejar presentes, aproveitar alianças antigas.
Você prova que não tem criatividade nenhuma, demonstra a maior apatia: refaz os passeios que já realizou, leva para os restaurantes que frequentava, as baladas e festas conhecidas, reincide nos roteiros de viagem, destina sonhos e palavras já gastos, reemprega até os nomes aprovados para quando nascessem seus filhos.
Mudou a pessoa, mas não o seu jeito de seduzir. Mudou a pessoa, mas não sua rotina de amar. Mudou a pessoa, mas não seu script.
É uma melancólica sobreposição, desastrada colagem.
Nem precisa cometer o ato falho de trocar o nome do atu al pelo ex, porque estará revisitando atmosferas e cenários. Experimenta locações contaminadas por juras velhas.
Não há sensação mais ingrata para seu namorado an terior ao perceber que era mais um. Um qualquer, nem um pouco especial. Um sósia de cenas românticas. Um dublê da adrenalina e dos feromônios.
Você oferece um passado usado sob o disfarce de futuro. Alcança aquilo que foi ensaiado com o antecessor. Não se dá o luxo de disfarçar, o trabalho de maquiar, colocar uma manta no mobiliário da memória.
Recorrendo à fórmula fixa de história feliz, estabelece uma competição imaginária, anula a individualidade do seu par, apaga a invenção a dois e a costura por caminhos surpreendentes e inesquecíveis
Acredita em sua inocência porque ninguém comentará o assunto. Desfruta da tolerância dos garçons, dos colegas, dos amigos, dos parentes. É realmente um segredo com pe quenas chances de ser revelado, porém a consciência não é boba e um dia se vinga.
O que vive está longe de ser amor, é obsessão.
(Carpinejar. Para onde vai o amor, 2015.)
No contexto em que está inserida, a palavra sublinhada em “É uma traição póstuma, retardatária, residual” (1o parágrafo) tem o sentido de algo que
Questão 30 14563338
UEA-Específico Humanas 2025Leia o trecho do romance Ciranda de pedra, de Lygia Fagundes Telles, para responder à questão.
Virgínia subiu precipitadamente a escada e trancou-se no quarto.
— Abre, menina — ordenou Luciana do lado de fora.
Virgínia encostou-se à parede e pôs-se a roer as unhas, seguindo com o olhar uma formiguinha que subia pelo batente da porta. “Se entrar aí nessa fresta, você morre!”, sussurrou soprando-a para o chão. “Eu te salvo, bobinha, não tenha medo”, disse em voz alta. E afastou-a com o indicador. Nesse instante fixou o olhar na unha roída até a carne. Pensou nas unhas de Otávia. E esmagou a formiga.
— Virgínia, eu não estou brincando, menina. Abre logo, anda!
— Agora não posso.
— Não pode por quê?
— Estou fazendo uma coisa — respondeu evasivamente.
Pensava em Conrado a lhe explicar que os bichos são como gente, têm alma de gente, e que matar um bichinho era o mesmo que matar uma pessoa. “Se você for má e começar a matar só por gosto, na outra vida você será bicho também, mas um desses bichos horríveis, cobra, rato, aranha...” Deitou-se no assoalho e começou a se espojar angustiosamente, avançando de rastros até o meio do quarto.
— Ou você abre ou conto para o seu tio. É isto que você quer, é isto?
Virgínia imobilizou-se. Ser cobra machucava os cotovelos, melhor ser borboleta. Mas quem ia ser borboleta decerto era Otávia, que era linda. “E eu sou feia e ruim, ruim, ruim!”, exclamou dando murros no chão. Ergueu a cabeça num desafio:
— Pode contar tudo, tio Daniel não me manda, quem manda em mim é meu pai, ouviu? Meu pai.
(Ciranda de pedra, 2009.)
“— Ou você abre ou conto para o seu tio.” (9o parágrafo) Em relação à primeira, a segunda oração expressa uma
Questão 29 14563327
UEA-Específico Humanas 2025Leia o trecho do romance Ciranda de pedra, de Lygia Fagundes Telles, para responder à questão.
Virgínia subiu precipitadamente a escada e trancou-se no quarto.
— Abre, menina — ordenou Luciana do lado de fora.
Virgínia encostou-se à parede e pôs-se a roer as unhas, seguindo com o olhar uma formiguinha que subia pelo batente da porta. “Se entrar aí nessa fresta, você morre!”, sussurrou soprando-a para o chão. “Eu te salvo, bobinha, não tenha medo”, disse em voz alta. E afastou-a com o indicador. Nesse instante fixou o olhar na unha roída até a carne. Pensou nas unhas de Otávia. E esmagou a formiga.
— Virgínia, eu não estou brincando, menina. Abre logo, anda!
— Agora não posso.
— Não pode por quê?
— Estou fazendo uma coisa — respondeu evasivamente.
Pensava em Conrado a lhe explicar que os bichos são como gente, têm alma de gente, e que matar um bichinho era o mesmo que matar uma pessoa. “Se você for má e começar a matar só por gosto, na outra vida você será bicho também, mas um desses bichos horríveis, cobra, rato, aranha...” Deitou-se no assoalho e começou a se espojar angustiosamente, avançando de rastros até o meio do quarto.
— Ou você abre ou conto para o seu tio. É isto que você quer, é isto?
Virgínia imobilizou-se. Ser cobra machucava os cotovelos, melhor ser borboleta. Mas quem ia ser borboleta decerto era Otávia, que era linda. “E eu sou feia e ruim, ruim, ruim!”, exclamou dando murros no chão. Ergueu a cabeça num desafio:
— Pode contar tudo, tio Daniel não me manda, quem manda em mim é meu pai, ouviu? Meu pai.
(Ciranda de pedra, 2009.)
A fala “quem manda em mim é meu pai” (11o parágrafo), passada ao discurso indireto, assume a seguinte redação:
Pastas
06