Redação #956461
Muito se discute a importância da mulher na sociedade, sobretudo, considerando o cenário atual, nas áreas da saúde. Diante da conclusão do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), é notável o protagonismo feminino na saúde brasileira, que acompanha o reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil. Nessa perspectiva, em virtude do protagonismo feminino na saúde e da desvalorização da mulher na sociedade brasileira, surge um complexo problema na contemporaneidade.
Em primeiro plano, cabe ressaltar o protagonismo feminino na saúde brasileira. De acordo com o CONASEMS, as mulheres representam 65% dos mais de seis milhões de profissionais da saúde no Brasil, ocupando hoje, segundo dados do IBGE, mais do que 90% dos cargos em especializações como Fonoaudiologia e Nutrição, e mais de 80% em Enfermagem e Psicologia. Sob essa lógica, como consequência, há grande destaque feminino nas mais diversas áreas da saúde.
Ademais, é importante salientar a desvalorização da mulher na sociedade brasileira. De acordo com pesquisas do IBGE, as mulheres, mesmo sendo a maioria na área da saúde, ganham cerca de 37% do que ganham os homens em cargos equivalentes. Pode-se citar também as pesquisas recentes da FMUSP, onde é apontado que as mulheres ocupam cerca de 80% nas três posições mais baixas de salários. Sob esse viés, tem-se como consequência a brecha salarial de gênero. Tal diferença ocorre por motivo de uma sociedade consolidade em uma ideia arcaica e patriarcal de superioridade masculina que a tempos já está ultrapassada, mas ainda assim segue vigente. Assim sendo, são de suma importância medidas que interfiram na desigualdade salarial brasileira.
Portanto, uma intervenção faz-se necessária. Para isso, é preciso que a legislação brasileira aprove o PLC 130/2011, que estabelece multa a quem desrespeitar o artigo 461 da CLT, onde define-se que sendo igual o trabalho, não deve haver diferença salarial entre gêneros. A partir dessas ações, poderá se consolidar um Brasil com mais espaço para as mulheres e menos desigualdade.
Gramado - RS