Redação #639506
Durante o século XXI ocorreu um aumento nos casos de transtornos mentais, uma vez que para o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han o estilo de vida atual da "Sociedade do Cansaço" é o causador dessa onda. Nesse contexto, observa-se uma mudança no comportamento dos indivíduos decorrente das mídias sociais e do estresse diário, que quando não tratado com a devida atenção resulta em problemas estigmatizados como ansiedade e depressão. Desse modo, o preconceito vivenciado por pessoas com doenças mentais fomentado pela falta de informação e auxílio para esses indivíduos resulta em uma marginalização dos mesmos e no aumento dos casos de suicídio no Brasil.
Sob esse viés, o tabu relacionado à saúde mental dificulta o diagnóstico e tratamento dessas pessoas. Assim, o país com maior número de depressivos da América Latina deve ser mais tolerante e informado sobre ansiedade, depressão e transtornos mentais, haja vista que a falta de conhecimento tem resultados negativos em tal situação.
Outrossim, nota-se que o crescimento de suicídios no Brasil é um fator que precisa de muita atenção e debate, visto que é a terceira causa de morte entre jovens de têm de 15 a 25 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ademais, das 332 milhões de pessoas que enfrentam a depressão 11,5 milhões são brasileiros, sendo que o número de homens depressivos é 30% menor que o das mulheres. Logo, evidencia-se a discrepância na taxa de doentes, decorrente do estresse da dupla jornada enfrentada no cotidiano das brasileiras.
Portanto, para atenuar a marginalização dos indivíduos com doenças neuronais é necessária a transmissão de conhecimento para a população. Então, cabe ao Ministério da Saúde em parceria com canais de informação, como redes televisivas e canais de rádio, informar a nação através de propagandas informativas para auxílio dos doentes. Em paralelo, o Ministério da Educação deve promover palestras nas escolas de ensino básico, além de disponibilizar um profissional para aconselhamento dos jovens, a fim de reduzir os casos de depressivos e suicídios. Dessa maneira, o estigma associado a essas doenças é abrandado e os doentes recebem auxílio desde a juventude, reduzindo as ocorrências nas próximas gerações.
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