Redação #1258128
Manuel de Barros, poeta pós-modernista, desenvolveu em sua obras "Teologia do traste" cujo a principal característica reside em dar valor às situações frequentemente esquecidas ou ignoradas. Nesse sentido, é necessário, assim, valorizar também a problemática da luta contra os manicômios como garantia tratamento humanizado no Brasil. Dessa forma, a fim de mitigar os males relativos a essa temática, é importante analisar o Estado,que negligência em garantir um tratamento adequado aos pacientes com transtornos mentais e a falta de empatia popular.
A princípio, é importante ressaltar o descaso gorvernamental como um dos fatores que corroboram o entrave em questão. A Constituição Brasileira de 1988, em seu texto elaborado, assegura a universalização do direito à cidadania. Contudo, a uma discrepância entre a teoria e a prática na concretização das leis, que bem posta no papel, não são realizadas no cotidiano pelo Governo, pois os baixos investimentos nos locais de tratamentos é o fator limitante para a promoção da cidadania, visto que, muitas clínicas pisquiátricas encontram-se, atualmente no Brasil, em desordem e muitos pacientes vivendo em condições desumanas. Logo, é inadimissível que tal problema perpetue, sendo dever do estado garantir cidadania, ou seja, um tratamento humanizado aos deficientes mentais.
Ademais, é igualmente importante lembrar a falta de empatia da população como fator que contribui para a manutenção dos impasses da luta antimanicomial e a garantia de cidadania. Sob a perspectiva da escritora Marina Colossati na crônica " Eu sei, mas não devia", a sociedade moderna banaliza os seus problemas sociais. Nesses contexto, há de se perceber a intrínseca relação com a luta contra os manicômiois e o tratamento desumano, pois a maioria dos indivíduos somente buscam suprir as próprias necessidades e deixando de lado os problemas das minorias, comportamento que já fora confirmado na obra de Freud "Psicologia das Massas e Análise do Eu". Portanto, a falta de empatia da maioria dificulta a conquista dos direitos humanos de muitos pacientes internados em manicômios e hospitáis psiquiátricos.
Diante disso, é necessário democratizar o acesso à cidadania e fortalecer a luta antimanicomial.Para tanto, urge que o gorverno federal em parceria com o Ministério da Cidadania promovam políticas públicas nas instituições psicoterapêuticas, por meio de propotas econômicas que visem aumentar os investimentos no setor e, com isso, proporcionar melhores qualidades de vida para os pacientes e trabalhadores desses locais. Tal ação tem como finalidade democratizar o acesso à cidadania, promovendo uma tratamento humanizado para os que sofrem de transtornos psicológicos. Além disso, cabe as mídias brasileiras como, por exemplo, as emissoras de televisão, na qual são responsáveis por informar e cobrar o Governo ou a população em seus programas jornalisticos, devem notificar a sociedade sobre as precárias condições de vida dentro dos manicômios. O intuito dessa proposta é promover um sentimento de justiça e solidariedade e, desse modo, cobrar as autoridades para que a cidadania esteja ao alcance de todos.
- RJ