Redação #1191819
Previsão: 11/10/2022
A Constituição de 1988, norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro, assegura os direitos e o bem-estar do corpo social. Entretanto, quando se observa o atual cenário brasileiro, sobretudo no que diz respeito à ausência da garantia do acesso ao lazer, percebe-se que tal valor constitucional fica somente na teoria. Dessa forma, a fim de mitigar isso, faz-se necessário analisar as causas dessa problemática: o elitismo e a má distribuição de meios de lazer pelo país.
Em primeiro lugar não é difícil notar que, na sociedade vigente no nosso país, pequenos grupos com maior poder aquisitivo possuem enormes privilégios em relação a maior parte da população brasileira em diversos aspectos, e isso se reflete também no acesso e qualidade do lazer oferecido, pois, apesar de as oportunidades de lazer serem oferecidas a todos igualmente, são poucos os que podem pagar por elas, fato que faz com que muitos abdiquem desse direito natural.
De forma consistente a isso, podemos observar que existe um foco da diversidade dos meios de lazer e entretenimento nas grandes cidades e nas regiões metropolitanas de estados mais populosos, fazendo com que regiões mais afastadas sofram com a escassez de opções. Esse fato é algo que remete desde a chegada da família real portuguesa para o Brasil, onde os ricos se estabeleceram nos centros das cidades e relegaram os mais pobres às recém - nascidas "favelas".
Portanto, sendo a garantia do acesso ao lazer uma preocupação à sociedade brasileira, urge que o Ministério da Cidadania, por meio de investimentos, estabelecer mudanças nas leis, bem como políticas públicas efetivas que auxiliem a população de classe baixa e média a suprir a falta de seu direito garantido por lei, a fim de refrear a desigualdade social e estrutural acerca de atividades relacionadas ao lazer.
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