Redação #1004001
Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava a base. De maneira análoga a isso, o mito assemelha-se com à luta cotidiana das mulheres brasileiras, as quais buscam ultrapassar as barreiras que as separam do direito ao reconhecimento científico. Nesse prisma, destacam-se dois aspectos cruciais: o machismo estrutural e a negligência governamental.
Em primeira análise, evidencia-se o machismo estrutural, que favorece a realidade vigente. Sob essa ótica, o conceito utilizado retrata um grupo de comportamentos que reforçam a "imagem masculina", gerando desigualdade entre homens e mulheres, visto que, a figura masculina ocupa cargos superiores ao das mulheres, seja, na política, ciência ou em empresas. Dessa forma, é oportuno que o Governo Estadual e Federal, realizem medidas que diminuem a desigualdade entre homens e mulheres, findando o machismo estrutural.
Além disso, é notório a negligência governamental que contribui com o desconhecimento da mulher na ciência. Desse modo, é preciso que além de medidas para diminuir a desigualdade de gênero, seja criado cargos femininos na ciência, visto que, é exagerado o número de cargos ocupados apenas por homens. Hodiernamente, Jaqueline Goes e Ester Sabino tornaram-se mundialmente conhecidas pelo sequenciamento do genoma do Sars-Cov-2 no Brasil. Consoante a isso, é essencial a participação e o reconhecimento das mulheres na ciência.
Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que venham ampliar o reconhecimento das mulheres na cieência. Dessa maneira, cabe ao Governo Federal e ao Ministério da Saúde, aumentar o número de cargos, por meio de um plano de ações, visando ampliar o espaço feminino no meio científico, e promovendo o avanço de pesquisas essenciais à saúde. Somente assim, vamos conter a desigualdade de gênero e mudar o mito de Sísifo na contemporaneidade.
Serra - ES