Desde que os microchips se tornaram menores e mais poderosos, eles se infiltraram, praticamente, em todos os espaços da sociedade, de smartphones a dispositivos médicos, aos controles que regulam linhas férreas, usinas elétricas e instalações de tratamento de água. Especialistas em segurança de computadores vêm alertando que esses equipamentos integrados são altamente vulneráveis a ataques porque estão cada vez mais ligados a outros computadores, e porque, praticamente, não têm defesas protegendo seu firmware, os programas impressos no chip. Em outubro passado, seguindo uma onda de ataques a redes, que se acredita ter origem no Irã, o secretário de defesa americano, Leon Panetta, alertou que um “Pear Harbor cibernético” poderia ser iminente.
Engenheiros estão fazendo progressos na proteção desses chips. Uma nova abordagem, descrita durante uma conferência de segurança computacional em julho, é um programa que escaneia trechos aleatórios do código do firmware para procurar sinais de invasão.
CKOI, C. Q. Perigo digital. Scientific American Brasil. São Paulo: Duetto, n. 128, ano 11, jan. 2013, p. 10. Adaptado.
Considerando-se as informações do texto, pode-se inferir:
Vários princípios são fundamentais para garantir que a web continue cada vez mais valiosa. O princípio de design essencial à utilidade e ao crescimento é a universalidade. Quando as pessoas criam um link, devem poder relacioná-lo a qualquer coisa que desejem, independentemente do hardware de que dispõem (computador fixo ou móvel, de tela grande ou pequena), do idioma que falam, do software usado, ou do tipo de conexão à internet (com ou sem fio). A web deve ser acessível a deficientes. Deve funcionar com qualquer formato de informação (documentos ou dados), de qualquer qualidade – seja um tweet bobo ou uma peça erudita.
O URI é a chave da universalidade – originalmente esse esquema de nomeação foi denominado como Universal Resource Identifier, mas, depois, ele se tornou mais conhecido como URL, ou Uniform Resource Locator – e permite que você siga qualquer link, independentemente do conteúdo a que ele remete, ou de quem publica esse conteúdo. Os links agregam valor ao conteúdo da web, tornando-a um espaço interconectado de informação.
A liberdade de expressão também deve ser protegida. A web deve ser como um papel em branco: pronto para ser escrito, mas sem qualquer controle sobre o que é escrito. Neste ano, o Google acusou o governo chinês de entrar em seus databases para procurar e-mails de dissidentes. As alegadas invasões ocorreram depois que o Google resistiu à exigência do governo de censurar certos documentos. Os governos totalitários não são os únicos a
violar os direitos civis. Uma lei criada na França, em 2009, chamada Hadopi, autorizou uma nova agência com esse nome a desconectar qualquer domicílio da internet, por um ano, caso algum morador seja acusado de roubar músicas ou vídeos das empresas de mídia. Mas, após muita polêmica, o Conselho Constitucional da França exigiu, em outubro, que cada caso seja avaliado por um juiz antes que o acesso à internet seja revogado.
Como, de muitas formas, a web tornou-se crucial para nossas vidas e nosso trabalho, a desconexão representa uma forma de privação de liberdade. Se pudéssemos recorrer à Magna Carta, seria a hora de afirmar: “Nenhuma pessoa ou organização será privada da capacidade de se conectar a outras sem o devido processo legal e a presunção de inocência.
BERNERS-LEE, T. Vida longa à web. Disponível em : <http:/www2.uol.com.br/sciam/reportagem/vida_longa_a_web.html>. Acesso em: 12 set. 2013. Adaptado.
A temática da violação de direitos humanos está presente nos grandes debates internacionais da atualidade que, para além de interesses políticos e estratégicos, relacionam-se com
Neste contexto, é correto concluir:
"Uma preocupação crescente nos últimos anos
é saber como o encéfalo humano está lidando com o
novo ambiente onipresente das tecnologias digitais de
comunicação – que, muito embora tenha revolucionado
5 nossas vidas, cada vez consome mais tempo e
envolvimento das pessoas, pelo menos daquelas que
têm condições financeiras de acessá-lo (a maioria da
humanidade nem sonha com isso).
O ambiente de hoje não tem precedentes e,
10 entre os principais responsáveis pelas mudanças
comportamentais, são apontadas a internet –
especialmente as redes sociais – e os videogames
interativos. E embora haja aspectos positivos nesses
recursos, suas limitações ficam exacerbadas com o
15 uso prolongado, que também promove o estresse, ou
mesmo, a dependência (análoga ao efeito de drogas). O
chamado Transtorno de Dependência da Internet pode
integrar a próxima edição do Manual dos Transtornos
Psiquiátricos (DSM-5)."
De acordo com o texto, as tecnologias digitais de comunicação