Leia o texto a seguir.
O mito opõe-se ao logos, como a fantasia opõe-se à razão e a palavra que relata à que demonstra. Logos e mythos são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito. O logos, sendo um raciocínio, pretende convencer; ele provoca em quem ouve a necessidade de fazer um julgamento. O logos é verdadeiro se for correto e conforme à “lógica”; é falso se dissimular algum embuste secreto (um “sofisma”). Mas o “mito” não tem outro fim senão ele mesmo. Quer se acredite nele ou não, ao bel-prazer, por um ato de fé, quer seja considerado “belo” ou verossímil, ou simplesmente porque se deseja acreditar nele. O mito se vê, assim, atraindo a sua volta toda a parte irracional do pensamento humano: ele é, pela própria natureza, aparentado da arte em todas as suas criações.
GRIMAL, Pierre. Mitologia Grega. Trad. de Rejane Janowitzer. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013. p. 8.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
No caso de processos de entendimento mútuo linguísticos, os atores erguem com seus atos de fala, ao se entenderem com outros sobre algo, pretensões de validez, mais precisamente, pretensões de verdade, pretensões de correção e pretensões de sinceridade, conforme se refiram a algo no mundo objetivo (enquanto totalidade dos estados de coisas existentes), a algo no mundo social comum (enquanto totalidade das relações interpessoais legitimamente reguladas de um processo social) ou a algo no mundo subjetivo próprio (enquanto totalidade das vivências a que têm acesso privilegiado).
HABERMAS, Jürgen. Consciência moral e agir comunicativo. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989, p. 79
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria do agir comunicativo, é correto afirmar que, para Habermas, a verdade de um enunciado é
A produção de conhecimentos sobre a sexualidade envolve, historicamente, a busca de instituições de controle a fim de usar o poder-saber para objetificar os sujeitos. Os trabalhos de Michel Foucault (1926-1984) explicitaram como o conhecimento é uma forma de poder e como é usado para controlar os sujeitos.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as relações entre saber e poder em Foucault, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Foi a Filosofia que me libertou totalmente daquela superstição na qual eu te precipitei junto comigo. É ela que me ensina, e me ensina de forma verdadeira, que não se deve cultuar, que, ao contrário, é preciso desprezar tudo aquilo que se vê com nossos olhos mortais, tudo quanto se percebe por qualquer um dos nossos sentidos. Essa filosofia mesma promete demonstrar de forma clara o veríssimo e secretíssimo Deus, e quase já se digna a mostrá-lo como que por entre nuvens translúcidas.
Adaptado de: AGOSTINHO, Contra os Acadêmicos, 1.3. Trad. de Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 16. (Vozes de Bolso)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Agostinho, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) A Filosofia é concebida de modo indissociável da Teologia.
( ) Só se obtém ciência se ela está relacionada à Revelação.
( ) Fé e razão são opostos inconciliáveis.
( ) A Filosofia é autônoma e crítica em relação à Teologia.
( ) A fé é esclarecida pela razão graças à Filosofia.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Leia o texto a seguir.
Não há dúvida de que o trabalho de investigação que um dado paradigma permite torna-se uma contribuição duradoura para o corpo de conhecimento científico e técnico, mas os paradigmas eles próprios são com frequência postos de lado e substituídos por outros bastante incompatíveis com eles. Não podemos recorrer a noções de “verdade” ou “validade” a propósito dos paradigmas na tentativa de compreender a especial eficácia da investigação que a sua aceitação permite.
KUHN, Thomas S. A função do dogma na investigação científica. Trad. de Jorge Dias de Deus. Curitiba: UFPR. SCHLA, 2012, p. 39.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Thomas Kuhn, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Por isso, para o arredondar, como que por meio de um torno, deu-lhe uma forma esférica, cujo centro está à mesma distância de todos os pontos do extremo envolvente – e de todas as figuras é essa a mais perfeita e semelhante a si própria [. . . ]. Então, pensou em construir uma imagem móvel da eternidade, e, quando ordenou o céu, construiu, a partir da eternidade que permanece uma unidade, uma imagem eterna que avança de acordo com o número; é aquilo a que chamamos tempo.
PLATÃO, Timeu 33b e 37e. In Timeu - Crítias. Tradução, introdução, notas e índices de Rodolfo Lopes. Coimbra: CECH/FCT, 2011. p. 102 e p. 109.
No texto, Platão descreve a ação do Demiurgo, divindade responsável pelo surgimento do cosmo/universo e do tempo. Com base na figura, no texto e nos conhecimentos sobre Platão, considere as afirmativas a seguir.
I. O tempo, para Platão, é incriado, sendo o cosmo geométrico e a Terra, achatada.
II. O modelo de universo de Platão é esférico, por ser considerado o mais belo e perfeito.
III. O universo, para Platão, tem como modelo aquilo que é eterno e perfeito: as ideias ou formas.
IV. O tempo surge junto com o cosmo, como imagem, em movimento, da eternidade.
Assinale a alternativa correta.