Leia os poemas para responder a QUESTÃO
Texto I
Cá
Enquanto houver silêncio
haverá poesia
e gente
cavoucando o dia.
Fonte: PEDREIRA, Célio. As tocantinas. Palmas-TO: EDUFT, 2014, p. 31.
Texto II
esvaziar-se
depois de tantos textos
o amor vai se acabando sem palavras
nem poema nem verso nem memorando
nenhuma ata a atestar o fim
o amor se esvai com o tempo, o calor, a vida
desfeito em muitos silêncios
Fonte: SILVA, Luiza Helena Oliveira da. Solau do mal de amor. Palmas-TO: EDUFT, 2016, p. 45.
Analise as afirmativas em relação aos poemas de Célio Pedreira e Luiza Helena Oliveira da Silva:
I. O texto I propõe que o silêncio escava a terra.
II. O texto I propõe que o silêncio é propício ao fazer poético.
III. O texto II propõe que o silêncio é maior que a poesia.
IV. O texto II propõe que o silêncio finda o amor.
Assinale a alternativa CORRETA:
Leia o fragmento de texto para responder a QUESTÃO.
20 de janeiro Passei o dia na cama. Vomitei bilis e melhorei um pouco. Fui carregar agua. O João ficou contente. Perguntoume se eu estou melhor. (...) fiquei com tontura, deitei novamente. ...os filhos estão com receio de eu morrer. Não me deixam sozinha. Quando um sai, outro vem vigiar-me. [...] ...O José Carlos foi na feira catar qualquer coisa. Catou milho, tomate e beringelas. Eu almocei, fiquei mais disposta. Quando eu dou um gemido os filhos choram com medo do Juiz.
Fonte: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014, p.158-159. (fragmento).
Considerando o fragmento de Carolina Maria de Jesus, é CORRETO afirmar que:
Leia o fragmento de texto para responder a QUESTÃO.
As precárias condições higiênicas e sanitárias do Rio de Janeiro, nos idos de 1918, facilitam a expansão da pandemia. Fecham-se as escolas, numa tentativa de deter a praga. Depois, é o comércio que cerra as portas. Os remédios conhecidos são de pouco ou nenhum efeito. Alguns vendedores inescrupulosos oferecem elixires exóticos como a cura milagrosa. As pessoas não saem de casa temendo a contaminação, porém nada parece diminuir a virulência que invade a cidade e, por extensão, o país. [...] O pânico toma conta da população e fala-se do perigo iminente de um surto de cólera-morbo.
Fonte: SOARES, Jô. O homem que matou Getúlio Vargas: biografia de um anarquista. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 171- 172. (fragmento).
Em relação ao espaço ficcional do fragmento do romance de Jô Soares, assinale a alternativa CORRETA:
Leia o fragmento de texto para responder a QUESTÃO.
Gonzaga ou A revolução de Minas
Ato I
Cena III
Os mesmos e Luís
LUÍS – Senhor!
GONZAGA – Vem cá. (Aos companheiros) Veem este homem?
CLÁUDIO – Por Deus! é um negro.
GONZAGA – Sabem a que classe pertence?
CLÁUDIO – Um escravo ou um liberto.
GONZAGA – Que é ainda um escravo, se este homem tiver a
desgraça de ter mãe, filho, irmã, amante, uma mulher, uma
família, enfim, algum desses fios que prendem o homem à vida
como a estrela ao firmamento. E sabeis por quê? É que a mãe
de cujo seio saiu é escrava e o fruto murcha quando o tronco
sofre, é que a mulher que ele tem no coração é escrava e o
verme que morde o coração mata o corpo, é que o filho de seu
amor é escravo, e o ninho desaba quando o passarinho
estrebucha na agonia. E sabem o que esse homem quer? Qual
o único sonho de sua noite, a única ideia do seu cérebro?
Perguntem-lhe.
CLÁUDIO – Talvez o amor, a ventura sob a forma de um beijo.
LUÍS – Perdoe, meu senhor. Engana-se. Não!
CLÁUDIO – Riqueza para realizar estes castelos doudos de
uma imaginação da África?
LUÍS – Ainda não.
CLÁUDIO – Mulheres como nos haréns do Oriente, como os
príncipes da África sabem ter?
LUÍS – Não, mil vezes não.
CLÁUDIO – Posição, grandeza, talvez uma farda de
Governador. Ainda não? Com mil diabos, és difícil de
contentar.
GONZAGA – Enganas-te. Ele quer pouco, quer o que todos
nós temos, quer sua família, quer sua filha.
Fonte: ALVES, Castro. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1976. p. 586-587 (fragmento)
Assinale a alternativa CORRETA. O texto teatral de Castro Alves apresenta três personagens em um diálogo que expressa: