A um príncipe, portanto, não é necessário ter de fato todas as qualidades, mas é indispensável parecer tê-las. Aliás, ousarei dizer que, se as tiver e utilizar sempre, serão danosas, enquanto, se parecer tê-las, serão úteis. Assim, deves parecer clemente, fiel, humano, íntegro, religioso — e sê-lo, mas com a condição de estares com o ânimo disposto a, quando necessário, não o seres, de modo que possas e saibas como tornar-te o contrário.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2004 (adaptado).
Segundo o autor, a conquista e a conservação do poder político exigem a
A velha potência de morte em que se simbolizava o poder soberano é agora, cuidadosamente, recoberta pela administração dos corpos. Aparecimento, também, nos terrenos das práticas políticas e observações econômicas, dos problemas de natalidade, longevidade, saúde pública, habitação e migração.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988 (adaptado).
O texto aponta para a emergência, a partir de meados do século XIX, de um novo tipo de gestão da sociedade ocidental, centrado na
Em primeiro lugar, é preciso libertar-se do preconceito segundo o qual a filosofia é apenas uma disciplina particular, apenas o trabalho de um círculo restrito de pessoas que dedicam sua atividade a refletir e a indagar sobre certos tipos de problemas. A filosofia é isso também, mas não só. Deve haver uma filosofia como ato existencial, que faz do homem um ente que pergunta, duvida, teme e age para dominar o futuro.
ABBAGNANO, N. Introdução ao existencialismo. São Paulo: Martins Fontes, 2001 (adaptado).
De acordo com a corrente de pensamento do século XX da qual o texto trata, o tema fundamental da filosofia é o(a)
TEXTO I
A sociedade cultiva a violência, inculcando-a nos indivíduos como virtude do homem forte, do homem corajoso, do homem honrado, que se arrisca a morrer para defender os “valores” que dão sentido à sua vida.
MULLER, J. M. O princípio da não violência: uma trajetória filosófica. São Paulo: Palas Athena, 2007.
TEXTO II
A ideia de a humanidade tomar seu destino nas próprias mãos somente faz sentido se atribuirmos consciência e propósito à espécie; as espécies são apenas correntes na flutuação aleatória dos genes.
GRAY, J. Cachorros de palha: reflexões sobre humanos e outros animais. São Paulo: Record, 2002.
Os textos articulam argumentos em torno de dois modelos explicativos da condição humana.
Esses dois modelos caracterizam-se, respectivamente, por valorizar como determinantes dessa condição elementos