Na filosofia grega antiga, a dialética era um método para se encontrar a verdade, sendo esta parte da perspectiva racional engajada no pensamento hierárquico ateniense do período clássico. Por meio de diálogos filosóficos colidentes entre o conhecimento sensível (inferior) e o inteligível (superior), se atingiria a razão. Esta epistemologia é aplicada sobretudo na obra República, escrita por um filósofo que viveu entre os séculos V AEC e IV AEC.
A qual filósofo o enunciado se refere?
“Mas há algum, não sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que emprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. Não há, pois, dúvida alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais que me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. De sorte que, após ter pensado bastante nisto e de ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito.”
(DESCARTES, René. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 100. Coleção Os Pensadores)
O excerto acima é parte da segunda meditação presente na obra Meditações concernentes à Primeira Filosofia, de Descartes. O trecho enuncia especificamente o Cogito cartesiano, ideia que desempenha um papel importantíssimo no projeto filosófico do autor.
Sobre esse excerto, a filosofia de Descartes e seus desdobramentos na teoria do conhecimento na Idade Moderna, assinale a alternativa correta.