Sobre o movimento literário simbolista, é CORRETO afirmar:
Os poemas apresentados a seguir compõem a obra O guardador de rebanhos, de Alberto Caeiro.
Poema XVI
Quem me dera que a minha vida fosse um carro de
bois
Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada,
E que para de onde veio volta depois
Quase à noitinha pela mesma estrada.
Eu não tinha que ter esperanças – tinha só que ter
rodas...
A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco...
Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas
E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.
Poema XXXV
O luar através dos altos ramos,
Dizem os poetas todos que ele é mais
Que o luar através dos altos ramos.
Mas para mim, que não sei o que penso,
O que o luar através dos altos ramos
É, além de ser
O luar através dos altos ramos,
É não ser mais
Que o luar através dos altos ramos.
Considerando-se uma leitura comparativa desses poemas, bem como observando-se a sequência de poemas desta obra, assinale a alternativa CORRETA.
Leia o excerto de texto a seguir para responder a questão.
Uma teoria da democracia representativa envolve uma revisão da concepção moderna de soberania popular que conteste o monopólio da vontade na definição e na prática da liberdade política. Ela marca o fim da política do sim ou não e o início da política como uma arena de opiniões contestáveis e decisões sujeitas à revisão a qualquer tempo. Isso amplifica o significado da própria presença política, porque faz da vocalização sua manifestação mais ativa e consoante do juízo acerca das leis e políticas justas e injustas.
Pode-se dizer que a representação política provoca a disseminação da presença do soberano e sua transformação em uma tarefa contínua e regulada de contestação e reconstrução da legitimidade. Portanto, embora a autorização eleitoral seja essencial para se determinar os limites e a responsabilidade do poder político, ela não nos diz muito a respeito da verdadeira natureza da política representativa em uma sociedade democrática.
As eleições "engendram" a representação, mas não "engendram" os representantes. No mínimo, elas produzem um governo responsável e limitado, mas não um governo representativo.
Isso me leva a argumentar que a representação ativa um tipo de unificação política que não pode nem ser definida nos termos de um acordo contratual entre eleitores e eleitos, nem decomposta em um sistema de competição que aponte aqueles que deverão pronunciar o interesse geral de todos. Um representante político é único não porque substitui o soberano na aprovação das leis, mas precisamente porque ele não é um substituto para o soberano ausente (a parte que substitui o todo), uma vez que ele precisa ser constantemente recriado e estar dinamicamente em harmonia com a sociedade para aprovar leis legítimas. A representação democrática pressupõe, notadamente, uma revisão das noções tanto de representação quanto de soberania.
URBINATI, Nádia. O que torna a representação democrática? Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi d=S010264452006000200007&1ng=pt&nrm=iso. Acesso em: 03 nov. 2020.
Sobre A hora e a vez de Augusto Matraga, conto que compõe o livro Sagarana, de Guimarães Rosa, assinale a alternativa CORRETA.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
O último poema
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e
menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os
diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Após a leitura do poema, presente no livro Libertinagem, de Manuel Bandeira, assinale a alternativa CORRETA.
Sobre o romance Casa de pensão, de Aluísio Azevedo, é CORRETO afirmar: