“Galileu, como é de conhecimento de todos, foi condenado pela Inquisição – primeiro em particular, no ano de 1616, e depois publicamente, em 1633, quando deu para trás e prometeu jamais voltar a afirmar que a Terra girava ou revolvia. A Inquisição conseguiu dar termo à ciência na Itália, onde não recobraria o vigor durante séculos. No entanto, foi incapaz de impedir que os homens de ciência adotassem o heliocentrismo e causou considerável dano à Igreja, em virtude de sua estupidez. Felizmente, houve países protestantes em que o clero, não obstante ansiasse por estorvar a ciência, viu-se incapaz de tomar o controle do Estado”
Fonte: RUSSELL, Bertrand. História da filosofia ocidental. Livro 3. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015, p. 63.
Em torno da chamada Revolução Científica do século XVII é CORRETO afirmar:
[...] como escreveu Primo Levi no seu último desejo e testamento do tamanho de um livro: não há dúvida de que cada um de nós é capaz, potencialmente, de se tornar um monstro.”
Fonte: BAUMAN, Zygmunt. Medo Líquido. Rio de Janeiro, Ed Zahar, 2008, p.90.
Essa afirmativa está de acordo com o pensamento de um dos teóricos que justificavam o absolutismo, o qual é:
“Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem a coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento”.
Fonte: KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? In: Immanuel Kant: textos seletos. Petrópolis: Vozes, 1985, p. 100.
De acordo com o texto, a noção de esclarecimento está CORRETAMENTE associada à:
A expulsão dos artistas de A República é, em princípio, a indicação de que para Platão a arte pouco ou nada tem a ver com a verdade, mas apenas com a ilusão e a superfície. Nada se aprende da arte, porque ela não repousa sobre nenhum conhecimento efetivo. Embora essa crítica pareça injusta, ela tem uma justificativa política. Platão pretendia despertar o senso crítico de seus concidadãos, que consideravam a obra poética de Homero uma enorme enciclopédia, um manual de conduta para questões tanto de ordem cotidiana, como moral, administrativa ou religiosa. Se Platão vivesse no século XXI, talvez expulsasse a mídia de massa da sua cidade ideal, pois é ela que serve atualmente como a principal fonte das informações, que costumam ser recebidas como se fossem fatos acabados e não como interpretações. De qualquer maneira, a suspeita platônica acabou se tornando um gesto mecânico, um gesto de desconfiança em relação à obra de arte. Existe algo de verdadeiro na arte?”
Fonte: FEITOSA, Charles. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004, p. 119.
Como o texto interpreta a famosa expulsão dos artistas da cidade ideal pelo filósofo Platão?