Texto
Progresso: a vida sempre se renova
De acordo com o filósofo inglês John Gray, o grande paradoxo moderno é a ideia do progresso. No que toca à vertente econômica, vários teóricos já chamaram a atenção para os prejuízos — e mesmo a inviabilidade desse modelo. Por outro lado, na nossa vida, experimentamos o mesmo efeito danoso da ideia do progresso. Somos cobrados para ambicionar mais, para ter sempre mais, numa fonte permanente de desgaste e frustração.
Dessa forma, todos os dias somos desafiados a — tal como Sísifo — rolar a pedra montanha acima. Contudo, apesar de muitas vezes nos darmos conta da inutilidade da tarefa, continuamos a repeti-la porque a ideia do progresso está entranhada em nós. E os rebeldes que decidem renunciar ao trabalho infrutífero? São atormentados pela ideia da estagnação. Não há saída. Entretanto, vem ao nosso socorro, as ideias de John Gray.
Segundo ele, essa é uma preocupação desnecessária e não deveria nos atormentar. Os progressos e os retrocessos estão sempre acontecendo e não dependem de nós. Eles fazem parte do fluxo normal da história, do fluxo normal da vida.
Disponível em: https://vidasimples.co/conviver/progresso-a-vida-sempre-se-renova/. Acesso em: 12 out. 2021. Adaptado.
“De acordo com o filósofo inglês John Gray, o grande paradoxo moderno é a ideia do progresso [...]”, porque
INSTRUÇÃO: Leia o fragmento de texto a seguir para responder à questão.
“A liberdade será ética quando o exercício da vontade estiver em harmonia com a direção apontada pela razão. Sartre levou essa concepção ao ponto limite. Para ele, a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. Quando julgamos estar sob o poder de forças externas mais poderosas do que nossa vontade, esse julgamento é uma decisão livre, pois outros homens, nas mesmas circunstâncias, não se curvaram nem se resignaram. Em outras palavras, conformar-se ou resignar-se é uma decisão livre, tanto quanto não se resignar nem se conformar, lutando contra as circunstâncias. Quando dizemos estar fatigados, a fadiga é uma decisão nossa. Quando dizemos estar enfraquecidos, a fraqueza é uma decisão nossa. Quando dizemos não ter o que fazer, o abandono é uma decisão nossa. Ceder tanto quanto não ceder é uma decisão nossa”. Fonte: CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ética, 2000. p. 464
A partir dessa sua concepção acerca da liberdade, Jean-Paul Sartre chega a uma determinada conclusão.
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao que conclui o filósofo:
INSTRUÇÃO: Leia o fragmento de texto a seguir para responder à questão.
“O homem tem o poder de escolher um ato ou não, independentemente das forças que o constrangem. Ser livre é decidir e agir como se quer, sem qualquer determinação causal, quer seja exterior (ambiente em que se vive), quer seja interior (desejos, caráter). Mesmo admitindo que essas forças existam, o ato livre pertence a uma esfera em que se perfaz a liberdade humana. Ser livre é ser incausado”.
Fonte: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1986. p. 316.
A questão do livre-arbítrio (do latim liberum arbitrium) foi muito debatida no período da Idade Média e nos séculos XVI e XVII, de modo específico no tocante à possível incompatibilidade entre a onipotência divina e a liberdade humana, embora alguns pensadores não admitam que ambas sejam incompatíveis.
Considerando esse tema, sobre o livre-arbítrio, pode-se afirmar:
O fragmento acima pertence ao conhecido texto de Platão denominado “Mito da caverna” ou “Alegoria da caverna” (Livro VII de A República). Esse texto mostra-nos a necessidade de conceber a realidade para além das aparências, apresentando, por meio de metáforas (luz e sombra...), o método dialético de investigação filosófica capaz de distinguir conhecimento e ignorância. Trata-se de um diálogo entre o seu personagem principal, Sócrates, e Glauco, em que a cegueira dos homens é colocada em discussão, possibilitando-nos, inclusive, fazer uma interpretação da sociedade atual.
O referido texto trata-se