“Mas será que todas as nossas experiências não poderiam ser um sonho gigante, sem nenhum mundo fora dele? Se todas as suas experiências fossem um sonho e não houvesse nada do lado de fora, então qualquer evidência que você tentasse utilizar para provar a si mesmo que há um mundo externo apenas faria parte do sonho. Se você batesse na mesa ou se beliscasse, ouviria a batida e sentiria o beliscão, mas isso seria apenas mais uma coisa acontecendo dentro da sua mente, como tudo o mais. Não adianta: se você quer descobrir se o que há dentro da sua mente serve de guia para o que está fora dela, não pode apoiar-se no que as coisas parecem ser – a partir do interior da sua mente – para obter uma resposta”
Fonte: NAGEL, Thomas. Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins fontes, 2011, p. 9.
A Filosofia, desde os seus primórdios, preocupou-se com o problema do conhecimento e de como podemos nos certificar sobre a correta relação entre nossos pensamentos e a realidade.
O trecho citado acima descreve uma postura filosófica conhecida como:
“A reputação questionável dos sofistas é a coroa da moeda cuja cara é a reputação de Platão e seu retrato de Sócrates. No século IV a. C., quando os grandes sofistas estavam todos mortos há muito, Platão escreveu mais de vinte diálogos, em muitos dos quais cria um personagem chamado Sócrates, baseado no verdadeiro Sócrates (que morrera no ano 399). Muitos desses diálogos mostram Sócrates em debate com os melhores sofistas de sua época. Platão traz à luz, nessas conversas imaginárias, diversas preocupações legítimas quanto às repercussões políticas e éticas das atividades associadas aos sofistas”.
Fonte: OSBORNE, Catherine. Filosofia Pré-Socrática. Porto Alegre: l&PM, 2013, p. 136.
Em muitos de seus diálogos, Platão põe em relação o seu próprio pensamento e a sofística. Sócrates encarnou um modelo de filósofo construído por Platão.
Acerca da relação entre o filósofo e/ou o sofista e a verdade em Platão, é CORRETO afirmar:
“Finalmente, pareceu-me ter compreendido por que razão é o homem o mais feliz de todos os seres animados e digno, por isso, de toda a admiração, e qual enfim a condição que lhe coube em sorte na ordem universal, invejável não só pelas bestas, mas também pelos astros e até pelos espíritos supramundanos. Coisa inacreditável e maravilhosa. E como não? Já que precisamente por isso o homem é dito e considerado justamente um grande milagre e um ser animado, sem dúvida digno de ser admirado”.
Fonte: MIRANDOLA, Giovanni Pico Della. Discurso sobre a dignidade do Homem. Lisboa: Edições 70, 2010, p. 55.
O Discurso sobre a dignidade do homem, de Pico Della Mirandola, é considerado o texto fundador do humanismo moderno.
No que diz respeito a esse momento da História da Filosofia e o conjunto da tradição que o antecede, é CORRETO afirmar que se: