São conhecidos os números da distribuição da água no mundo. Apenas 3% de todos os recursos hídricos existentes no planeta são de água doce própria para consumo. Para dificultar ainda mais a situação, desse total de água doce existente, a maior parte encontra-se nas geleiras e no lençol freático. Por sorte, o Brasil possui a maior reserva mundial de água potável, com cerca de 12% do montante total, o que não necessariamente livra o país de sofrer com a falta desse importante recurso natural. (...)
A tabela acima demonstra a distribuição de recursos hídricos e densidade demográfica no Brasil. Destes dados, pode-se afirmar que:
O Ministério do Planejamento divulgou um aumento de mais de R$ 6 bilhões na estimativa para o déficit da Previdência para 2016. O rombo passou de R$ 129,6 bilhões para R$ 136 bilhões. Com mais postos de trabalho sendo fechados e o desemprego em alta (o IBGE revelou que já são 9,6 milhões de desocupados), há uma significativa queda na arrecadação do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Desse modo, o déficit na previdência social tende a aumentar para poder atender a toda a massa de aposentados pelo regime geral.
Mesmo sendo um aspecto extremamente impopular, é consenso entre os estudiosos do assunto que não há mais condições de manter os trabalhadores se aposentando como as regras atuais. Pelo regime antigo, ainda vigente, há duas opções: a aposentadoria por idade (homens aos 65 anos e mulheres aos 60 anos), e a aposentadoria por tempo de contribuição (35 anos para homens e 30 anos para as mulheres).
Adaptado de: .
Podemos considerar como principal motivação para a reforma da Previdência Social no Brasil:
A companhia de produtos químicos e de saúde Bayer comprou a produtora de sementes americana Monsanto com uma oferta de 66 bilhões de dólares. O negócio foi fechado depois de a oferta ser elevada pela terceira vez. O preço acertado foi de 128 dólares por ação, acima da oferta anterior da Bayer, de 127,50 dólares por ação. Essa é a maior aquisição empresarial registrada em 2015 até o momento e também a mais elevada oferta em dinheiro já registrada.
O acordo criará uma empresa que dominará mais de um quarto do mercado mundial combinado para sementes e pesticidas em uma rápida consolidação da indústria de insumos agrícolas.
A transação inclui o pagamento de uma multa de 2 bilhões de dólares a ser paga pela Bayer à Monsanto caso não haja autorizações regulatórias.
A Bayer espera que o acordo seja concluído até o fim de 2017. A consultoria Bernstein Research afirmou nesta terçafeira que vê chance de apenas 50% de o negócio conseguir autorizações regulatórias, embora tenha citado uma pesquisa feita com investidores que apontou a probabilidade de 70%. (...)
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/economia/bayer- -amplia-oferta-e-compra-a-monsanto-por-us-66-bi/>.
A compra da empresa Monsanto pela Bayer caracteriza uma concentração de empresas do mesmo setor com grande poder de pressão no mercado dificultando ou mesmo suprimindo a livre concorrência. A este processo de fusão dá-se o nome de:
Poluição assassina
A Organização Mundial da Saúde alerta: a poluição do ar pode ter sido responsável por mais de 3 milhões de mortes em nosso planeta, somente no ano passado. Estudos científicos têm indicado consistentemente que a poluição está relacionada a várias doenças graves, pulmonares (até câncer de pulmão), cardiovasculares etc. Mas, desta vez, um relatório extenso da OMS conseguiu comprovar a correlação significativa entre a intensidade da poluição do ar e o aumento progressivo do número de óbitos na população em vários países do mundo.
Além da óbvia e amplamente divulgada poluição ambiental causada por indústrias e veículos automotores, o relatório confirma que grande número desses óbitos é devido à poluição doméstica. Em regiões de limitadas condições econômicas, como na Índia, em Bangladesh e no interior da China, o uso de fornos caseiros e carvão para cozinhar, esquentar água ou aquecimento domiciliar está relacionado com elevadas taxas de morte precoce.
Um estudo multinacional, realizado em conjunto por cientistas do Instituto Max Planck de química atmosférica, do Centro Cipriota de Pesquisa em Energia, Ambiente e Água, e da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, e liderado pelo doutor Jos Lelieveld, foi publicado na prestigiosa revista científica Nature. Esse estudo utilizou um modelo químico atmosférico global para avaliar a conexão entre mortalidade prematura e diferentes fontes de emissões, tanto em regiões urbanas quanto rurais de vários países.
Estimam os pesquisadores mais de 3,3 milhões de óbitos por ano, predominantemente na Ásia. Naquela região do Sudeste Asiático, a queima de combustíveis de baixa eficiência ou madeira para aquecimento e para cozinhar é a fonte mais importante de poluição.
Nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, a poluição oriunda das emissões de veículos e da indústria é responsável pela maioria das mortes prematuras. No Oriente Médio e no Norte da África, as tempestades de areia são uma fonte dominante de partículas no ar ambiente.
Os autores do estudo alertam para a gravidade desses dados, e as estimativas nada otimistas são de que dobre o número de óbitos causados pela poluição até 2050. Lelieveld sugere que as políticas de combate à poluição atmosférica devem ser estabelecidas de forma individualizada, levando em consideração a cultura e as práticas locais ou regionais. Reflete o cientista de que não basta ter tecnologia disponível. As nações precisam convencer a população rural, principalmente a abandonar práticas tradicionais de uso de combustíveis.
As mulheres pobres e as crianças que crescem nessas regiões desprovidas e marginalizadas sofrem intensamente os efeitos nocivos da poluição domiciliar. Numa era de zika, nossas autoridades de saúde não podem relaxar contra o galopante perigo da poluição ambiental. O professor Paulo Saldiva, pioneiro em tal pesquisa no Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP, também enfatiza o impacto extremamente nocivo da poluição nas grandes cidades brasileiras. “A mortalidade entre mulheres e crianças brasileiras pelos efeitos da poluição atmosférica está em níveis escandalosos.” Seu controle é imperativo e urgente.
YOUNES, Riad. Poluição assassina. Carta Capital. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/revista/893/poluicao- -assassina>. Adaptado.
Em relação ao texto, pode-se afirmar que:
I. Estudos apontam que em regiões mais pobres, como em Bangladesh e no interior da China, a poluição doméstica não é nociva se comparada aos danos causados pela poluição proveniente de indústrias e veículos.
II. Faz-se importante que se estabeleçam políticas individualizadas para o combate à poluição nas diferentes regiões, uma vez que são variáveis suas fontes.
III. Grande parte dos óbitos provocados pela poluição do ar no mundo deve-se à poluição doméstica em várias partes do planeta, principalmente as mais limitadas economicamente.
IV. Nas grandes cidades do Brasil, é urgente o controle da poluição atmosférica, uma vez que seus níveis são alarmantes.
V. Ainda não se comprovou que exista relação entre a intensidade da poluição do ar e o aumento progressivo do número de óbitos na população em vários países do mundo.