Leia o texto que se segue.
LISBOA: AVENTURAS
Tomei um expresso
cheguei de foguete
subi num bonde
desci de um elétrico
pedi um cafezinho
serviram-me uma bica
quis comprar meias
só vendiam peúgas
fui dar à descarga
disparei um autoclisma
gritei “ó cara!”
responderam-me “ó pá!”
positivamente
as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá
José Paulo Paes. A poesia está morta mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas Cidades, 1998
Relendo o poema e observando, sobretudo, a disposição visual dos versos e possíveis relações entre o título e o último verso, É CORRETO afirmar que
Marque, a seguir, a alternativa cujos versos expressam essa tendência.
Assinale, abaixo, a alternativa em que foram apontados CORRETAMENTE aspectos temáticos comuns às duas obras.
Leia com atenção o texto poético abaixo:
Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós
Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que linda a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão !...
Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando
Mais o rir das primeiras namoradas...
E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...
Sobre esse texto poético, considere os seguintes comentários:
I. O poema, na sua composição estrutural, toma a forma de um soneto.
II. O eu-lírico, em tom confessional, expressa no texto sentimentos de compaixão.
III. A metalinguagem é um dos recursos de expressão recorrente no texto.
IV. Nesse texto, a imagem da lua se apresenta como espelhamento do pavor da morte.
V. A abordagem da morte, na expressão do eu-lírico, adquire um sentido sereno, com certa dosagem de humor.
VI. Na visão do eu-lírico, o fazer poético é algo permanente que transcende o tempo cronológico.
Marque a seguir a alternativa que indica os comentários CORRETOS.
Leia o texto poético a seguir:
INSCRIÇÃO PARA UMA LAREIRA
A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida...
Observando a mensagem que se constrói nos recursos expressivos do poema acima, É CORRETO afirmar que
Essa postura do narrador pode ser CORRETAMENTE verificada em