Realize a leitura do texto a seguir para responder à questão.
Idosa leva pedrada no rosto e família afirma ser caso de intolerância religiosa
Polícia registra e investiga o caso como lesão corporal e injúria
RIO - A Polícia Civil do Rio investiga uma agressão contra Maria da Conceição Cerqueira da Silva, de 65 anos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Agentes da 58ª DP (Posse) fazem diligências para apurar os crimes de lesão corporal e injúria. Mas Eliane Nascimento da Silva, de 42 anos e filha da idosa, afirmou ao portal G1 que a mãe foi vítima de intolerância religiosa.
Com ferimentos no rosto, na boca e no braço, Maria da Conceição foi atendida no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) e levou pontos na testa e na boca. Segundo Eliane, na última sexta-feira, 18, a mãe foi atingida por uma pedra arremessada por uma vizinha.
Adepta do candomblé, a idosa teria passado a sofrer ataques verbais da vizinha. Eliane, que é umbandista, disse que também é vítima de ofensas motivadas pela religião. Segundo a versão da filha, sua mãe estava na rua quando foi ofendida pela vizinha, que teria dito “lá vem essa velha macumbeira. Hoje eu acabo com ela”. Quando Maria da Conceição questionou a vizinha, ela teria apanhado uma pedra no chão e arremessado contra a idosa. Não foi possível ouvir a versão da suposta agressora.
Eliane afirmou que a família busca um advogado para tentar mudar o registro de ocorrência feito na 58ª DP de lesão corporal para intolerância religiosa. Esse crime tem a pena agravada em um terço quando a violência é empregada.
Em nota, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI) afirmou que colocou à disposição de Maria da Conceição e da família assistência jurídica psicológica e social. Eles serão atendidos nesta segunda-feira, 21, às 13h30.
A secretaria também vai solicitar à Polícia Civil que o caso seja registrado como intolerância religiosa e acompanhará de perto as investigações.
"Casos como esse são inadmissíveis em nosso Estado. Esta senhora foi vítima, no mínimo, de dois crimes: intolerância religiosa e agressão contra idosos. O crescimento do número de casos de intolerância e o aumento da sua gravidade reforçam a urgência da criação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi)", explica o secretário de Direitos Humanos, Átila Nunes.
Recentemente, a secretaria criou o Disque Combate ao Preconceito que funciona pelo telefone (21) 2334 9551, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. O serviço recebe denúncias de atos preconceituosos como xenofobia, LGBTfobia, racismo, intolerância religiosa, entre outros.
Crescimento. Dados do Disque 100 apontam que as denúncias de casos de intolerância religiosa aumentaram em 119% no ano passado em relação ao ano anterior. Foram 79 ocorrências.
Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2017. Adaptado.
No texto, a passagem “lá vem essa velha macumbeira. Hoje eu acabo com ela.” está entre aspas porque se trata:
Leia a crônica Brincadeira para responder à questão.
Brincadeira
Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
- Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
- Como é que você soube?
[5] - Não interessa. Sei de tudo.
- Me faz um favor. Não espalha.
- Vou pensar.
- Por amor de Deus.
- Está bem. Mas olhe lá, hein?
[10] Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
- Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
[15] - Você sabe.
- Mas é impossível. Como é que você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
- Alguém mais sabe?
- Outras se tornavam agressivas:
[20] - Está bem, você sabe. E daí?
- Daí nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
- Se você contar para alguém, eu...
- Depende de você.
- De mim, como?
[25] - Se você andar na linha, eu não conto.
- Certo
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
- Eu sei de tudo.
- Tudo o quê?
[30] - Você sabe.
- Não sei. O que é que você sabe?
- Não se faça de inocente.
- Mas eu realmente não sei.
- Vem com essa.
[35] - Você não sabe de nada.
- Ah, quer dizer que existe alguma coisa pra saber, mas eu é que não sei o que é?
Não existe nada.
- Olha que eu vou espalhar...
- Pode espalhar que é mentira.
[40] - Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
- Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
- Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.
- Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada sobre aquilo.
[45] - Aquilo o quê?
- Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurrava:
- Você contou pra alguém?
- Ainda não.
[50] - Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi procurado por um amigo com
uma oferta de emprego. O salário era enorme.
- Por que eu? – quis saber.
- A posição é de muita responsabilidade – disse o amigo. – Recomendei você.
[55] - Por quê?
- Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos mas nunca abria a boca para falar de
ninguém. Além de bem-informado, um gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz
misteriosa que disse:
[60] - Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
[65] Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino.
Investigaram. O que ele estaria tramando? Finalmente foi descoberto numa praia distante. Os
vizinhos contam que uma noite vieram muitos carros e cercaram a casa. Várias pessoas entraram na
casa. Ouviram-se gritos. Os vizinhos contam que a voz que se ouvia era a dele, gritando:
- Era brincadeira! Era brincadeira!
[70] Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o
conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Brincadeira In: Comédias da Vida Privada. Porto Alegre: L&PM, 1995, p.189-91. Adaptado.
Considerando o modo como o narrador conduz o texto, analise as seguintes assertivas.
I. recorre a sequências narrativas para justificar a sua opinião acerca de brincadeiras de mau gosto.
II. faz uso de expressões peculiares da linguagem falada.
III. estabelece diálogo com seu leitor, sobretudo através de frases interrogativas.
IV. utiliza-se do discurso indireto para dar mais expressividade ao texto.
Assinale a alternativa CORRETA.
Leia a crônica Brincadeira para responder à questão.
Brincadeira
Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
- Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
- Como é que você soube?
[5] - Não interessa. Sei de tudo.
- Me faz um favor. Não espalha.
- Vou pensar.
- Por amor de Deus.
- Está bem. Mas olhe lá, hein?
[10] Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
- Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
[15] - Você sabe.
- Mas é impossível. Como é que você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
- Alguém mais sabe?
- Outras se tornavam agressivas:
[20] - Está bem, você sabe. E daí?
- Daí nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
- Se você contar para alguém, eu...
- Depende de você.
- De mim, como?
[25] - Se você andar na linha, eu não conto.
- Certo
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
- Eu sei de tudo.
- Tudo o quê?
[30] - Você sabe.
- Não sei. O que é que você sabe?
- Não se faça de inocente.
- Mas eu realmente não sei.
- Vem com essa.
[35] - Você não sabe de nada.
- Ah, quer dizer que existe alguma coisa pra saber, mas eu é que não sei o que é?
Não existe nada.
- Olha que eu vou espalhar...
- Pode espalhar que é mentira.
[40] - Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
- Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
- Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.
- Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada sobre aquilo.
[45] - Aquilo o quê?
- Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurrava:
- Você contou pra alguém?
- Ainda não.
[50] - Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi procurado por um amigo com
uma oferta de emprego. O salário era enorme.
- Por que eu? – quis saber.
- A posição é de muita responsabilidade – disse o amigo. – Recomendei você.
[55] - Por quê?
- Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos mas nunca abria a boca para falar de
ninguém. Além de bem-informado, um gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz
misteriosa que disse:
[60] - Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
[65] Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino.
Investigaram. O que ele estaria tramando? Finalmente foi descoberto numa praia distante. Os
vizinhos contam que uma noite vieram muitos carros e cercaram a casa. Várias pessoas entraram na
casa. Ouviram-se gritos. Os vizinhos contam que a voz que se ouvia era a dele, gritando:
- Era brincadeira! Era brincadeira!
[70] Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o
conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Brincadeira In: Comédias da Vida Privada. Porto Alegre: L&PM, 1995, p.189-91. Adaptado.
O provérbio que melhor traduz a nova situação vivida pelo protagonista do texto é:
Leia a crônica Brincadeira para responder à questão.
Brincadeira
Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
- Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
- Como é que você soube?
[5] - Não interessa. Sei de tudo.
- Me faz um favor. Não espalha.
- Vou pensar.
- Por amor de Deus.
- Está bem. Mas olhe lá, hein?
[10] Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
- Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
[15] - Você sabe.
- Mas é impossível. Como é que você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
- Alguém mais sabe?
- Outras se tornavam agressivas:
[20] - Está bem, você sabe. E daí?
- Daí nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
- Se você contar para alguém, eu...
- Depende de você.
- De mim, como?
[25] - Se você andar na linha, eu não conto.
- Certo
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
- Eu sei de tudo.
- Tudo o quê?
[30] - Você sabe.
- Não sei. O que é que você sabe?
- Não se faça de inocente.
- Mas eu realmente não sei.
- Vem com essa.
[35] - Você não sabe de nada.
- Ah, quer dizer que existe alguma coisa pra saber, mas eu é que não sei o que é?
Não existe nada.
- Olha que eu vou espalhar...
- Pode espalhar que é mentira.
[40] - Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
- Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
- Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.
- Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada sobre aquilo.
[45] - Aquilo o quê?
- Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurrava:
- Você contou pra alguém?
- Ainda não.
[50] - Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi procurado por um amigo com
uma oferta de emprego. O salário era enorme.
- Por que eu? – quis saber.
- A posição é de muita responsabilidade – disse o amigo. – Recomendei você.
[55] - Por quê?
- Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos mas nunca abria a boca para falar de
ninguém. Além de bem-informado, um gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz
misteriosa que disse:
[60] - Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
[65] Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino.
Investigaram. O que ele estaria tramando? Finalmente foi descoberto numa praia distante. Os
vizinhos contam que uma noite vieram muitos carros e cercaram a casa. Várias pessoas entraram na
casa. Ouviram-se gritos. Os vizinhos contam que a voz que se ouvia era a dele, gritando:
- Era brincadeira! Era brincadeira!
[70] Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o
conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Brincadeira In: Comédias da Vida Privada. Porto Alegre: L&PM, 1995, p.189-91. Adaptado.
Com a leitura do texto Brincadeira, assinale a alternativa em que se percebem aspectos da composição estrutural ligados à linguagem coloquial como:
A seguir, leia a canção Tanta mentira, do Jota Quest, para responder à questão.
Tanta mentira (Jota Quest)
Infantil meu pedido
Que me esperassem crescer
Pra ver tanta mentira
É tudo verdade
[5] A gente não aguenta mais tanta mentira!
Quero conversa sincera
Olhar bem pra tua cara e até te agradecer por
isso
É tudo verdade
[10] A gente não aguenta mais tanta mentira
Falta de opção
Falta de oração
Falta de amor
Você não tem noção
[15] É ambição demais
É reação de menos
Poluindo e não punindo
O óleo fica pra depois
Raimundos, pavilhões
[20] Submundos, multidões
Eu só não posso deixar pra depois
Filmes mudos, lados "B"
Lados bons, eu e você
Eu só não vou me deixar pra depois (4X)
[25] Só não vou me deixar...
É tudo verdade
A gente não aguenta mais
Falta de oração
Falta de opção
[30] Tanta falta de amor
Você não tem noção
É ambição demais
É reação de menos
Poluindo e não punindo
[35] O óleo fica pra você
Raimundos, pavilhões
Submundos, multidões
Eu só não posso deixar pra depois
Filmes mudos, lados "B"
[40] Lados bons, eu e você
Eu só não vou te deixar pra depois (4X)
Só não vou te deixar...
Eu só não vou me deixar pra depois
Eu só não vou te deixar pra depois
[45] Eu só não vou me deixar pra depois
Eu só não vou...
Pra depois não
Eu e você, eu e você
Você e eu, eu e você
[50] Nunca mais, pra depois
Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2017.
A partir da leitura da música Tanta mentira do Jota Quest, é CORRETO inferir que as escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto:
A seguir, leia a canção Tanta mentira, do Jota Quest, para responder à questão.
Tanta mentira (Jota Quest)
Infantil meu pedido
Que me esperassem crescer
Pra ver tanta mentira
É tudo verdade
[5] A gente não aguenta mais tanta mentira!
Quero conversa sincera
Olhar bem pra tua cara e até te agradecer por
isso
É tudo verdade
[10] A gente não aguenta mais tanta mentira
Falta de opção
Falta de oração
Falta de amor
Você não tem noção
[15] É ambição demais
É reação de menos
Poluindo e não punindo
O óleo fica pra depois
Raimundos, pavilhões
[20] Submundos, multidões
Eu só não posso deixar pra depois
Filmes mudos, lados "B"
Lados bons, eu e você
Eu só não vou me deixar pra depois (4X)
[25] Só não vou me deixar...
É tudo verdade
A gente não aguenta mais
Falta de oração
Falta de opção
[30] Tanta falta de amor
Você não tem noção
É ambição demais
É reação de menos
Poluindo e não punindo
[35] O óleo fica pra você
Raimundos, pavilhões
Submundos, multidões
Eu só não posso deixar pra depois
Filmes mudos, lados "B"
[40] Lados bons, eu e você
Eu só não vou te deixar pra depois (4X)
Só não vou te deixar...
Eu só não vou me deixar pra depois
Eu só não vou te deixar pra depois
[45] Eu só não vou me deixar pra depois
Eu só não vou...
Pra depois não
Eu e você, eu e você
Você e eu, eu e você
[50] Nunca mais, pra depois
Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2017.
Pela análise da música Tanta mentira, considere as seguintes afirmações:
I. O advérbio mais (linha 5), indicativo de intensidade, atribui à frase o sentido de veemência.
II. Entende-se pela letra da música que há um cansaço excessivo diante da falta de verdade.
III. O verbo esperassem (linha 2), no pretérito imperfeito do subjuntivo, é utilizado para exprimir um acontecimento que está condicionado a outro.
Assinale a alternativa CORRETA.