Para responder à questão, leia o poema pertencente ao livro A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1945.
Áporo 1
Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto2 se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.
(Poesia completa, 2006.)
1 áporo: problema de difícil resolução; gênero de insetos cavadores; espécie rara de orquídea.
2 presto: que se faz com rapidez, ligeiro, prestes.
Dentre as acepções da palavra áporo, apenas uma não aparece de forma explícita no poema, mas pode ser compreendida subliminarmente no verso:
Para responder à questão, leia o poema pertencente ao livro A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1945.
Áporo 1
Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto2 se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.
(Poesia completa, 2006.)
1 áporo: problema de difícil resolução; gênero de insetos cavadores; espécie rara de orquídea.
2 presto: que se faz com rapidez, ligeiro, prestes.
“Que fazer, exausto,
em país bloqueado,”
Esses versos sugerem que o eu lírico se depara com o país diante
Para responder à questão, leia o poema pertencente ao livro A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1945.
Áporo 1
Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto2 se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.
(Poesia completa, 2006.)
1 áporo: problema de difícil resolução; gênero de insetos cavadores; espécie rara de orquídea.
2 presto: que se faz com rapidez, ligeiro, prestes.
Assinale a alternativa correta quanto à analise do poema.
Para responder à questão, leia o trecho do prefácio do livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, publicado em 1836.
Pede o uso que se dê um prólogo ao Livro, como um pórtico ao edifício; e como este deve indicar por sua construção a que Divindade se consagra o templo, assim deve aquele designar o caráter da obra. Santo uso de que nos aproveitamos, para desvanecer alguns preconceitos, que talvez contra este livro se elevem em alguns espíritos apoucados.
É um Livro de Poesias escritas segundo as impressões dos lugares; ora assentado entre as ruínas da antiga Roma, meditando sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a imaginação vagando no infinito como um átomo no espaço; ora na gótica catedral, admirando a grandeza de Deus, e os prodígios do Cristianismo; ora entre os ciprestes que espalham sua sombra sobre túmulos; ora enfim refletindo sobre a sorte da Pátria, sobre as paixões dos homens, sobre o nada da vida. São poesias de um peregrino, variadas como as cenas da Natureza, diversas como as fases da vida, mas que se harmonizam pela unidade do pensamento, e se ligam como os anéis de uma cadeia; poesias d’alma e do coração, e que só pela alma e o coração devem ser julgadas.
(Apud Antonio Candido e José Aderaldo Castelo. Presença da literatura brasileira I, 1985.)
O prefácio de Gonçalves de Magalhães inaugura no Brasil os tópicos fundamentais
Para responder à questão, leia o trecho do prefácio do livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, publicado em 1836.
Pede o uso que se dê um prólogo ao Livro, como um pórtico ao edifício; e como este deve indicar por sua construção a que Divindade se consagra o templo, assim deve aquele designar o caráter da obra. Santo uso de que nos aproveitamos, para desvanecer alguns preconceitos, que talvez contra este livro se elevem em alguns espíritos apoucados.
É um Livro de Poesias escritas segundo as impressões dos lugares; ora assentado entre as ruínas da antiga Roma, meditando sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a imaginação vagando no infinito como um átomo no espaço; ora na gótica catedral, admirando a grandeza de Deus, e os prodígios do Cristianismo; ora entre os ciprestes que espalham sua sombra sobre túmulos; ora enfim refletindo sobre a sorte da Pátria, sobre as paixões dos homens, sobre o nada da vida. São poesias de um peregrino, variadas como as cenas da Natureza, diversas como as fases da vida, mas que se harmonizam pela unidade do pensamento, e se ligam como os anéis de uma cadeia; poesias d’alma e do coração, e que só pela alma e o coração devem ser julgadas.
(Apud Antonio Candido e José Aderaldo Castelo. Presença da literatura brasileira I, 1985.)
Assinale a alternativa que melhor se adequa ao conteúdo e ao sentido do primeiro parágrafo.