O Iluminismo foi um movimento intelectual que eclodiu na França, no século XVIII, e englobou filosofia, ciências, política, arte e direito. Muitos pensadores, tais como John Locke, Voltaire e Adam Smith, colaboraram para o eixo básico desse movimento, isto é, a contraposição entre razão e fé. Um dos objetivos centrais do movimento foi transformar a sociedade inserindo a razão na base da educação, das tradições e das esferas do exercício do poder político. A partir do exposto, considere as afirmativas abaixo e assinale C para as corretas e I para as incorretas:
( ) O pensador inglês John Locke (1632-1704) defendeu que a população teria o direito de depor um governante, caso ele rompesse o contrato estabelecido com a sociedade.
( ) O filósofo francês Voltaire (1694-1778) postulou a liberdade de expressão dos indivíduos, no entanto, fez ressalvas, caso o discurso propagado fosse em favor da propriedade privada.
( ) O pensador Adam Smith (1723-1790), considerado “pai da ciência econômica”, esclareceu que a única fonte de riqueza é o trabalho, pois, a partir do aumento da produtividade, todos os envolvidos enriqueceriam.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
A Grécia Antiga é considerada o berço da Filosofia, tendo como registro de tempo o fim do século VII a. C. e o início do século VI a. C., nas colônias gregas da Ásia Menor, cidade de Mileto. Considera-se, também, como primeiro filósofo Tales de Mileto. Em Éfeso, encontra-se Heráclito, para quem tudo flui como as águas de um rio, nada é eterno. Em Eleia, desenvolve-se a Escola Eleática, em que se encontra Parmênides que se opõe à concepção de Heráclito, defendendo a tese de que existe um Ser Absoluto, imutável.
Assim, enquanto “Heráclito acha que as coisas que temos ante nós não são nunca, em nenhum momento, aquilo que são no momento anterior e no momento posterior; que as coisas estão mudando constantemente; que quando nós queremos fixar uma coisa e definir sua consistência, dizer em que consiste esta coisa, ela já não consiste no que consistia um momento antes” (MORENTE, M. Garcia. Fundamentos de filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1967), “[para Parmênides,] o ser não tem um “passado”, porque o passado é aquilo que não existe mais, nem um “futuro”, que ainda não existe, mas é “presente” eterno, sem início nem fim. Por conseguinte, o ser é também imutável, porque tanto a mobilidade quanto a mudança pressupõem um não ser para o qual deveria se mover ou no qual deveria se transformar”.
(REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia. São Paulo: Paulus, 1930. v. 3).
A partir das concepções dos pré-socráticos gregos Heráclito e Parmênides, pode-se afirmar que:
A tradição filosófica, desde Sócrates, fundamentou-se no princípio racional como objetivo de uma vida feliz. Nessa perspectiva, Marcia Tiburi escreve que “é preciso lembrar que a felicidade era, em Aristóteles, um ideal ético da vida. A vida ética era a vida justa, boa, corretamente vivida por um cidadão, alguém que sabia de seu papel na sociedade, que ao pensar em si levava em conta o todo: família, amigos, sociedade, natureza. Aristóteles chamava a felicidade de eudaimonia. Palavra que continha o termo daimon, espécie de espírito interior, guardião da intimidade, do valor pessoal de cada um. Este ideal de felicidade era diferente do que apareceu depois com Epicuro, o filósofo da escola Jardim, que tratou a felicidade como hedonismo. Hedoné era a palavra grega para significar o prazer. Não o mero prazer da carne, mas também o do espírito. Para Aristóteles, porém, a felicidade tinha uma relação maior com a justiça”.
Fonte: TIBURI, Marcia. A felicidade é coletiva. Revista Vida Simples, São Paulo, abr./mar. 2007.
A autora mostra que a diferença entre a concepção de felicidade em Aristóteles (eudaimonia) e a concepção de felicidade em Epicuro (hedoné), se estabelece quando: