O raciocínio lógico faz parte do cotidiano. Sempre que se conversa com o outro, usam-se argumentos para expor e para defender pontos de vista. Entre os vários tipos de argumentos existe a falácia, que significa raciocínio incorreto com aparência de correção.
Analise a situação a seguir.
Sandro, engenheiro renomado e morador do bairro do Anil, em São Luís-MA, vai ao Socorrão II visitar um amigo doente. Ele normalmente não fica doente e, por isso mesmo não precisou frequentar hospitais antes. Ocorre que, enquanto esteve nas dependências do hospital de urgência e emergência, Sandro não viu nenhum médico, mas reparou na permanência de muitos doentes nas enfermarias e tantos outros espalhados pelos corredores. Após a visita, já em casa, comentou com seus familiares “Por isso que não vou a hospitais me tratar. Os médicos nunca estão lá quando precisamos”.
A conclusão a que chega Sandro é um argumento falacioso em razão de ser
Normalmente numa discussão em grupo, de amigos ou mesmo entre pessoas de classe e de cultura diferentes, ao tratar de um assunto polêmico, é fácil e também legítimo observar que cada pessoa manifesta opinião própria em razão de sua formação, classe social, educação e cultura. Tal como na situação a seguir:
No leito de morte, Ribeiro, um ateu convicto, recebe o amigo Leonardo, um cristão autêntico para uma última conversa.
Leonardo: – você não será recebido por Deus Pai, mas Mãe!
Ribeiro: – Será uma deusa! Leonardo: – Sim, e, por sua demora, terá muitos afagos e muita festa!
Ribeiro: – Muita farra pelo visto... ah, como eu gostaria que fosse verdade!... invejo você por ter fé... eu não tenho.
Leonardo: – não importa a fé, mas o amor. E toda sua vida é um ato de amor; aos famintos, às crianças abandonadas, aos índios marginalizados, aos negros, às mulheres oprimidas...
Ribeiro: – Continuo não acreditando, mas gosto de farra.
Em situações como a descrita acima, parece que a discussão não chega a um acordo, o da aceitação de uma vida pós-morte com os divinos conforme as tradições religiosas nos expõem. Porém, nem sempre esse acordo é possível, sobretudo quando temos posições diferentes e as radicalizamos.
A impossibilidade de acordo, do ponto de vista filosófico, ocorre, sobretudo, quando se está diante de um
Leia os seguintes pensamentos sobre o trabalho.
“O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio.” Voltaire, filósofo francês (1694 – 1778)
“Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto.”
Rabindranath Tagore, escritor indiano (1861 – 1941)
“O ser humano se faz pelo trabalho, porque ao mesmo tempo que produz coisas torna-se humano.”
(Maria Lúcia de A. Aranha et all. Filosofando)
Os pensamentos reproduzidos carregam em si uma ideologia comum sobre o trabalho e escondem, muitas das vezes, suas condições de execução.
A ideia subjacente nas três sentenças é que o trabalho