Se, na Grécia antiga, o teatro começou com os rituais para Dionísio, no Brasil, a história do teatro nasce com os rituais indígenas e suas celebrações antropofágicas. Depois chegaram os jesuítas e seus autos de catequização, os escravos e seus rituais para celebrar divindades, a Corte e o luxo das óperas estrangeiras. O teatro com grupos formados por atores brasileiros se estabeleceu a partir do século XIX, o que propiciou o desenvolvimento da comédia de costumes e do teatro burlesco. No século XX, com os grupos universitários, o teatro se modernizou; nos anos 60 e 70, viveu-se um ápice criativo urgente e penetrante.
Internet: www.redeglobo.globo.com (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue os itens a seguir, a respeito do teatro brasileiro.
A peça Macunaíma, dirigida por Antunes Filho, pode ser considerada o marco instaurador da pós-modernidade no Brasil, na medida em que a direção de Antunes Filho revolucionou a narrativa e renovou o padrão da teatralidade, por meio da incorporação de recursos como a intertextualidade, a paródia, a ironia e o humor.
Se, na Grécia antiga, o teatro começou com os rituais para Dionísio, no Brasil, a história do teatro nasce com os rituais indígenas e suas celebrações antropofágicas. Depois chegaram os jesuítas e seus autos de catequização, os escravos e seus rituais para celebrar divindades, a Corte e o luxo das óperas estrangeiras. O teatro com grupos formados por atores brasileiros se estabeleceu a partir do século XIX, o que propiciou o desenvolvimento da comédia de costumes e do teatro burlesco. No século XX, com os grupos universitários, o teatro se modernizou; nos anos 60 e 70, viveu-se um ápice criativo urgente e penetrante.
Internet: www.redeglobo.globo.com (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue os itens a seguir, a respeito do teatro brasileiro.
A peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, retrata os problemas sociais da realidade brasileira dos anos 90 do século passado, de forma a privilegiar a perspectiva da ideologia política dominante na época.
Se, na Grécia antiga, o teatro começou com os rituais para Dionísio, no Brasil, a história do teatro nasce com os rituais indígenas e suas celebrações antropofágicas. Depois chegaram os jesuítas e seus autos de catequização, os escravos e seus rituais para celebrar divindades, a Corte e o luxo das óperas estrangeiras. O teatro com grupos formados por atores brasileiros se estabeleceu a partir do século XIX, o que propiciou o desenvolvimento da comédia de costumes e do teatro burlesco. No século XX, com os grupos universitários, o teatro se modernizou; nos anos 60 e 70, viveu-se um ápice criativo urgente e penetrante.
Internet: www.redeglobo.globo.com (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue os itens a seguir, a respeito do teatro brasileiro.
O Teatro Oficina incorpora as transformações da cena ocidental, alcançando destaque e êxito com a encenação de O rei da vela, obra catalisadora do movimento pela anistia.
Texto para o item
De mim, pessoa, vivo para a minha mulher, que
tudo modo-melhor merece, e para a devoção. Bem-querer
de minha mulher foi que me auxiliou, rezas dela, graças.
Amor vem de amor. Digo. Em Diadorim, penso também
[5] — mas Diadorim é a minha neblina.
[...]
Diadorim e eu, nós dois. A gente dava passeios.
Com assim, a gente se diferenciava dos outros — porque
jagunço não é muito de conversa continuada nem de
[10] amizades estreitas: a bem eles se misturam e desmisturam,
de acaso, mas cada um é feito um por si. De nós dois
juntos, ninguém nada não falava. Tinham a boa prudência.
Dissesse um, caçoasse, digo — podia morrer. Se
acostumavam de ver a gente parmente. Que nem mais
[15] maldavam. E estávamos conversando, perto do rego —
bicame de velha fazenda, onde o agrião dá flor. Desse
lusfús, ia escurecendo. Diadorim acendeu um foguinho, eu
fui buscar sabugos. Mariposas passavam muitas, por entre
as nossas caras, e besouros graúdos esbarravam. Puxava
[20] uma brisbisa. O ianso do vento revinha com o cheiro de
alguma chuva perto. E o chiim dos grilos ajuntava o
campo, aos quadrados. Por mim, só, de tantas minúcias,
não era o capaz de me alembrar, não sou de à parada pouca
coisa; mas a saudade me alembra. Que se hoje fosse.
[25] Diadorim me pôs o rastro dele para sempre em todas essas
quisquilhas da natureza. Sei como sei. Som como os sapos
sorumbavam. Diadorim, duro sério, tão bonito, no relume
das brasas. Quase que a gente não abria boca; mas era um
delém que me tirava para ele — o irremediável extenso da
[30] vida. Por mim, não sei que tontura de vexame, com ele
calado eu a ele estava obedecendo quieto.
João Guimarães Rosa. Grande sertão: veredas. 19.a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 40-5 (com adaptações).
Tendo como referência o texto precedente, extraído da obra Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, julgue os itens a seguir.
A expressividade literária do texto baseia-se, entre outros elementos, na precisão com que o mundo natural é descrito pelo autor.
Texto para o item
De mim, pessoa, vivo para a minha mulher, que
tudo modo-melhor merece, e para a devoção. Bem-querer
de minha mulher foi que me auxiliou, rezas dela, graças.
Amor vem de amor. Digo. Em Diadorim, penso também
[5] — mas Diadorim é a minha neblina.
[...]
Diadorim e eu, nós dois. A gente dava passeios.
Com assim, a gente se diferenciava dos outros — porque
jagunço não é muito de conversa continuada nem de
[10] amizades estreitas: a bem eles se misturam e desmisturam,
de acaso, mas cada um é feito um por si. De nós dois
juntos, ninguém nada não falava. Tinham a boa prudência.
Dissesse um, caçoasse, digo — podia morrer. Se
acostumavam de ver a gente parmente. Que nem mais
[15] maldavam. E estávamos conversando, perto do rego —
bicame de velha fazenda, onde o agrião dá flor. Desse
lusfús, ia escurecendo. Diadorim acendeu um foguinho, eu
fui buscar sabugos. Mariposas passavam muitas, por entre
as nossas caras, e besouros graúdos esbarravam. Puxava
[20] uma brisbisa. O ianso do vento revinha com o cheiro de
alguma chuva perto. E o chiim dos grilos ajuntava o
campo, aos quadrados. Por mim, só, de tantas minúcias,
não era o capaz de me alembrar, não sou de à parada pouca
coisa; mas a saudade me alembra. Que se hoje fosse.
[25] Diadorim me pôs o rastro dele para sempre em todas essas
quisquilhas da natureza. Sei como sei. Som como os sapos
sorumbavam. Diadorim, duro sério, tão bonito, no relume
das brasas. Quase que a gente não abria boca; mas era um
delém que me tirava para ele — o irremediável extenso da
[30] vida. Por mim, não sei que tontura de vexame, com ele
calado eu a ele estava obedecendo quieto.
João Guimarães Rosa. Grande sertão: veredas. 19.a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 40-5 (com adaptações).
Tendo como referência o texto precedente, extraído da obra Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, julgue os itens a seguir.
O texto atesta uma característica central da obra de Guimarães Rosa: o tratamento literário dado pelo autor à oralidade popular.
Texto para o item
De mim, pessoa, vivo para a minha mulher, que
tudo modo-melhor merece, e para a devoção. Bem-querer
de minha mulher foi que me auxiliou, rezas dela, graças.
Amor vem de amor. Digo. Em Diadorim, penso também
[5] — mas Diadorim é a minha neblina.
[...]
Diadorim e eu, nós dois. A gente dava passeios.
Com assim, a gente se diferenciava dos outros — porque
jagunço não é muito de conversa continuada nem de
[10] amizades estreitas: a bem eles se misturam e desmisturam,
de acaso, mas cada um é feito um por si. De nós dois
juntos, ninguém nada não falava. Tinham a boa prudência.
Dissesse um, caçoasse, digo — podia morrer. Se
acostumavam de ver a gente parmente. Que nem mais
[15] maldavam. E estávamos conversando, perto do rego —
bicame de velha fazenda, onde o agrião dá flor. Desse
lusfús, ia escurecendo. Diadorim acendeu um foguinho, eu
fui buscar sabugos. Mariposas passavam muitas, por entre
as nossas caras, e besouros graúdos esbarravam. Puxava
[20] uma brisbisa. O ianso do vento revinha com o cheiro de
alguma chuva perto. E o chiim dos grilos ajuntava o
campo, aos quadrados. Por mim, só, de tantas minúcias,
não era o capaz de me alembrar, não sou de à parada pouca
coisa; mas a saudade me alembra. Que se hoje fosse.
[25] Diadorim me pôs o rastro dele para sempre em todas essas
quisquilhas da natureza. Sei como sei. Som como os sapos
sorumbavam. Diadorim, duro sério, tão bonito, no relume
das brasas. Quase que a gente não abria boca; mas era um
delém que me tirava para ele — o irremediável extenso da
[30] vida. Por mim, não sei que tontura de vexame, com ele
calado eu a ele estava obedecendo quieto.
João Guimarães Rosa. Grande sertão: veredas. 19.a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 40-5 (com adaptações).
Tendo como referência o texto precedente, extraído da obra Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, julgue os itens a seguir.
O narrador evidencia sua própria tolerância em relação à rejeição dos demais jagunços à amizade que tinha com Diadorim.