A questão refere-se ao texto seguinte.
Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e
tinas para lavadeiras.
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por
dia; tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo
[5] a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do
cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar
[...].
E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia,
agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as
[10] suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três
e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres
por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o
revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas
sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus,
[15] cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem
lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela
umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a
esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma
[20] geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo,
daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.
(AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo, Ática, 1997.)
Vocabulário
Cortiço: habitação coletiva das classes pobres.
Revérbero: luz, ou efeito de luz refletida, reflexo.
Jirau: estrado de varas sobre forquilhas cravadas no chão.
Fumegante: que fumega (lança fumaça).
Esfervilhar: remexer-se muito, revolver-se com rapidez, fervilhar.
Dadas as informações seguintes:
I. O texto apresenta o cortiço como entidade dotada de vida própria.
II. A caracterização do ambiente fornece ao leitor elementos para a caracterização das figuras humanas.
III. É evidente, no texto, a fusão entre os seres e o ambiente a que pertencem, vendo os primeiros como produtos do segundo.
É correto o que se afirma em:
A questão refere-se ao texto seguinte.
Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e
tinas para lavadeiras.
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por
dia; tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo
[5] a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do
cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar
[...].
E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia,
agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as
[10] suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três
e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres
por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o
revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas
sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus,
[15] cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem
lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela
umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a
esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma
[20] geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo,
daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.
(AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo, Ática, 1997.)
Vocabulário
Cortiço: habitação coletiva das classes pobres.
Revérbero: luz, ou efeito de luz refletida, reflexo.
Jirau: estrado de varas sobre forquilhas cravadas no chão.
Fumegante: que fumega (lança fumaça).
Esfervilhar: remexer-se muito, revolver-se com rapidez, fervilhar.
É correto afirmar sobre o movimento a que pertence o fragmento acima:
A questão refere-se ao texto seguinte.
Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e
tinas para lavadeiras.
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por
dia; tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo
[5] a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do
cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar
[...].
E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia,
agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as
[10] suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três
e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres
por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o
revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas
sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus,
[15] cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem
lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela
umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a
esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma
[20] geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo,
daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.
(AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo, Ática, 1997.)
Vocabulário
Cortiço: habitação coletiva das classes pobres.
Revérbero: luz, ou efeito de luz refletida, reflexo.
Jirau: estrado de varas sobre forquilhas cravadas no chão.
Fumegante: que fumega (lança fumaça).
Esfervilhar: remexer-se muito, revolver-se com rapidez, fervilhar.
Dadas as afirmações seguintes sobre o fragmento de O cortiço:
I. No primeiro parágrafo, pode-se perceber que o narrador faz uma apresentação do cortiço, evidenciando a função conativa, uma vez que direciona a informação ao receptor.
II. Há no texto elementos que caracterizam a descrição; todavia, a tipologia textual predominante é a narração.
III. Por se tratar de um texto narrativo, a função da linguagem que predomina é a expressiva.
IV. A presença acentuada de adjetivos evidencia as características do ambiente do cortiço.
Quais opções estão corretas?
A questão refere-se ao poema seguinte.
Motivo
Cecília Meireles
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
Em relação ao estilo empregado por Cecília Meireles, nessa poesia, pode-se afirmar que:
A questão refere-se ao poema seguinte.
Motivo
Cecília Meireles
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
O texto de Cecília Meireles