A questão refere-se ao texto seguinte:
TEXTO:
— Como é isso?... — exclamou Margarida com surpresa. — Pois você vai-se embora?...
— Vou, Margarida; pois você ainda não sabia?...
— Eu não; quem me havia de contar? para onde é que você vai, então?
— Vou para o estudo, Margarida; papai mais mamãe querem que eu vá estudar para padre.
— Deveras, Eugênio!... ah! meu Deus!... que idéia!... e é muito longe esse estudo?
— Eu sei lá; eles estão falando que eu vou para Congonhas...
— Congonhas?... ah! já ouvi falar nessa terra; não é onde moram os padres santos?... ah! meu Deus! isso é muito longe!
— Qual longe!... tanta gente já tem ido lá e vem outra vez. Mamãe já mandou fazer batina, sobrepeliz, barrete e tudo. Quando tudo ficar pronto, eu hei de vir cá vestido de padre para você ver que tal fico.
(São Paulo: Ática, 1998, p.12.)
O diálogo em tela foi escrito por:
Coloque V (verdadeiro) e F (falso).
1) ( ) Naturalismo – “O mulato” – Aluísio Azevedo.
2) ( ) Pré-Modernismo – “Os Sertões” (Euclides da Cunha) e “Canaã” (Graça Aranha).
3) ( ) Barroco – “Prosopopéia” – Bento Teixeira.
4) ( ) Realismo – “Memórias Póstumas de Brás Cubas” – Machado de Assis.
5) ( ) Romantismo – “Suspiros Poéticos e Saudades” – Gonçalves Dias.
6) ( ) Arcadismo – “Obras poéticas” – Cláudio Manuel da Costa.
7) ( ) Modernismo – “Semana de Arte Moderna” .
A seqüência correta é:
Assinale a alternativa correta:
A questão refere-se ao texto seguinte.
TEXTO:
Eu tinha aprendido com Euclides da Cunha que nós éramos pardos. Gilberto Freyre, por sua vez, dizia que éramos morenos. Até que no censo de 1980 voltou a pergunta sobre a cor das pessoas. Deu uma polêmica danada. Vieram me ouvir e eu dizia que todo brasileiro era mestiço, influenciado por Sylvio Romero. Quando a dúvida ficou insuportável, só uma frase do padre Vieira me salvou. Ele diz: “Quem quisera acertar em história, em política ou em sociologia deve consultar as entranhas dos sacrificados”.
Deixei de ouvir todos e até a mim mesmo e fui consultar o movimento negro do Recife. Me disseram que todos esses termos (pardos, morenos, mestiços) atrapalhavam a vida e eles só queriam ser vistos como negros, simplesmente. Por isso eu passei a não representar mais o povo brasileiro pela onça castanha, a mestiça, e sim pela malhada, aquela que tem as cores misturadas e, de certa forma, representa todas as nossas tonalidades de pele.
(Trecho de entrevista dada por Ariano Suassuna à Revista NOVA ESCOLA. Edição 203 - jun/2007).
Sobre Ariano Suassuna é possível afirmar que: