Manipulando as palavras, é possível construir falácias e sofismas a fim de superar nossos adversários no campo da argumentação. Adotando certas atitudes que desestabilizam emocionalmente nossos antagonistas, parecemos estar cobertos de razão. São expedientes que muitas vezes, até por instinto, acabamos por utilizar em conversas e discussões. Por uma questão de honestidade intelectual, porém, precisamos tomar consciência de que somos algozes e vítimas nesse jogo sujo.
O pensador alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860), apoiando-se em sua observação e inspirando-se nas lições de Aristóteles, denunciou várias estratégias que, com maior ou menor brilhantismo, nós empregamos todos os dias, não propriamente para descobrir e divulgar a verdade, mas neutralizar e desmerecer o discurso do nosso interlocutor.
O que Maquiavel (1469-1527) pretendeu com O Príncipe, ao descrever o que se deve fazer para conquistar e preservar o poder político, assim Schopenhauer fez com relação às disputas verbais. O objetivo é defender-se das ameaças externas e ganhar a briga na base da palavra e da instauração de um clima emocional perturbador, deixando claro quem tem a mente mais arguta e a língua mais afiada, mesmo que seja necessário atropelar os escrúpulos e esmagar a ética.
(...)
(Gabriel Perissé, prof. da Universidade Católica de Santos, revista Língua, set.2014)
Depreende-se do texto que:
Manipulando as palavras, é possível construir falácias e sofismas a fim de superar nossos adversários no campo da argumentação. Adotando certas atitudes que desestabilizam emocionalmente nossos antagonistas, parecemos estar cobertos de razão. São expedientes que muitas vezes, até por instinto, acabamos por utilizar em conversas e discussões. Por uma questão de honestidade intelectual, porém, precisamos tomar consciência de que somos algozes e vítimas nesse jogo sujo.
O pensador alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860), apoiando-se em sua observação e inspirando-se nas lições de Aristóteles, denunciou várias estratégias que, com maior ou menor brilhantismo, nós empregamos todos os dias, não propriamente para descobrir e divulgar a verdade, mas neutralizar e desmerecer o discurso do nosso interlocutor.
O que Maquiavel (1469-1527) pretendeu com O Príncipe, ao descrever o que se deve fazer para conquistar e preservar o poder político, assim Schopenhauer fez com relação às disputas verbais. O objetivo é defender-se das ameaças externas e ganhar a briga na base da palavra e da instauração de um clima emocional perturbador, deixando claro quem tem a mente mais arguta e a língua mais afiada, mesmo que seja necessário atropelar os escrúpulos e esmagar a ética.
(...)
(Gabriel Perissé, prof. da Universidade Católica de Santos, revista Língua, set.2014)
Segundo o texto:
Manipulando as palavras, é possível construir falácias e sofismas a fim de superar nossos adversários no campo da argumentação. Adotando certas atitudes que desestabilizam emocionalmente nossos antagonistas, parecemos estar cobertos de razão. São expedientes que muitas vezes, até por instinto, acabamos por utilizar em conversas e discussões. Por uma questão de honestidade intelectual, porém, precisamos tomar consciência de que somos algozes e vítimas nesse jogo sujo.
O pensador alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860), apoiando-se em sua observação e inspirando-se nas lições de Aristóteles, denunciou várias estratégias que, com maior ou menor brilhantismo, nós empregamos todos os dias, não propriamente para descobrir e divulgar a verdade, mas neutralizar e desmerecer o discurso do nosso interlocutor.
O que Maquiavel (1469-1527) pretendeu com O Príncipe, ao descrever o que se deve fazer para conquistar e preservar o poder político, assim Schopenhauer fez com relação às disputas verbais. O objetivo é defender-se das ameaças externas e ganhar a briga na base da palavra e da instauração de um clima emocional perturbador, deixando claro quem tem a mente mais arguta e a língua mais afiada, mesmo que seja necessário atropelar os escrúpulos e esmagar a ética.
(...)
(Gabriel Perissé, prof. da Universidade Católica de Santos, revista Língua, set.2014)
Deduz-se do texto que:
Se o cachorro dorme, então o gato não mia. Se o pássaro não canta, então o cachorro dorme. Sabemos que o gato mia. Então, é correto afirmar que: