Trabalhe por uma Escola 4.0
A evolução tecnológica não está presente apenas fora da escola. Cada dia que passa mais e mais a escola tem que se atualizar para acompanhar o restante da sociedade. Preparamos este artigo para esclarecer as diferenças entre as fases pelas quais a educação passou e te ajudar a entender em qual fases está a sua escola atualmente. Boa leitura!
A evolução tecnológica chegou a altos patamares na nossa vida cotidiana. As pessoas lidam com a vida de uma forma diferente e essa mudança também vem buscando seu espaço na educação. As constantes transformações estão batendo na porta das escolas, uma vez que já invadiram nossos ambientes de vivência pessoais.
As iniciativas que questionam o tradicional modelo de ensino não param de crescer, com temas como a adoção da tecnologia em sala de aula, testes e simulados personalizados e avaliações por habilidade e competência em detrimento do conteúdo. Incorporar essa nova realidade às escolas e planos de ensino se faz mais do que necessário.
Educação 1.0
Primeiramente vivenciamos a Educação 1.0 época em que o professor era o principal ator na educação, detentor de todo o conhecimento. As primeiras escolas eram dedicadas a formar o clero, sendo chamadas de Escolas Paroquiais. As aulas dedicavam-se ao estudo bíblico, limitando os alunos a aprender a ler, escrever, aritmética e latim.
O pouco de evolução percebida durante a Educação 1.0 foi a possibilidade de nobres e intelectuais, a elite da sociedade, usufruírem da oportunidade de estudar. Nessa época, o professor dava aulas particulares ou para grupos exclusivos de alunos. Era um modelo considerado eficiente, porém não alcançava grandes massas e acabou se tornando falho, pois se fazia necessário um novo sistema. A Educação 1.0 era, em muitos aspectos, rígida e centralizada, permitindo pouquíssimo acesso ao conhecimento.
Educação 2.0
A Educação 2.0 chega para corrigir as falhas da versão anterior. Encerrava-se a recente Revolução Industrial, que exigia jovens e adultos preparados para o mercado de trabalho das grandes fábricas, com trabalhos repetitivos e mecânicos, muito similar as tarefas realizadas dentro das fábricas. A lógica empregada nessa fase da educação era de quanto mais alunos nas escolas, mais futuros trabalhadores.
Essa educação pregava a universalização do ensino, afirmando que estudar agora era um direito de todos. A partir disso, as escolas agora estavam mais cheias, e o professor continuava sendo o único possuidor do conhecimento, o que acabou gerando um tipo de ensino que era para a maioria, mas não para todos.
A metodologia de ensino utilizada era focada principalmente na padronização, sincronização e memorização, servindo de treinamento para os futuros trabalhadores. Esse modelo praticado não encaixava os alunos com determinadas dificuldades e habilidades, deixando brechas como as dificuldades de aprendizagem.
Educação 3.0
Houve nova revolução. A Revolução Tecnológica no contexto da globalização. Talvez a Educação 2.0 ainda estaria sendo executada se não tivesse surgido a internet com toda a tecnologia que nasceu a partir dela. A internet criou uma rede que revolucionou os paradigmas da Educação 1.0 e da Educação 2.0. Agora o professor não é o único detentor de conhecimento, pois todos podem ter acesso através das tecnologias de informação. E se não é preciso mais exclusivamente do professor para se obtê-lo, tudo muda.
A hierarquia é transformada e a educação deixa de ser vertical e se horizontaliza. O professor sai da posição de líder e se torna um facilitador, lado a lados dos alunos, que possuem suas necessidades individuais atendidas e conquistam autonomia em seu próprio aprendizado em sala de aula. Neste novo cenário a tecnologia é utilizada em todo o seu potencial pedagógico estimulando o desenvolvimento da comunidade escolar como um todo: o professor precisa se adaptar a essas tecnologias e o aluno tem sua criatividade e participação demandada a todo o momento.
Temos agora uma realidade de democratização do conhecimento e do ensino que transformou não só o modelo educacional vigente, como o próprio mercado de trabalho, visto que este passou a exigir pessoas que aprendem de forma constante e por conta própria.
Essa é a Educação 3.0. O professor ocupa uma função de guiar a jornada em sala de aula, onde o aluno é o protagonista num ambiente de total colaboração com o educador e os colegas de classe, tendo o professor o papel de definir o método e os assuntos pertinentes a se trabalhar.
Conjugou-se a abrangência da Educação 2.0 com a individualidade da Educação 1.0 no novo modelo, a Educação 3.0. Ainda são poucas as escolas que efetivamente assumem esse sistema recente, pois é necessário um investimento em infraestrutura. Além disso é preciso incluir tecnologias educacionais na gestão escolar como um todo, que produzirão retorno para o corpo escolar de forma sistêmica.
Educação 4.0
A Educação 4.0 surge em decorrência da Quarta Revolução Industrial, que se caracteriza pela combinação de máquinas com os processos digitais e a automatização total. Iniciamos os processos cibernéticos e a educação se torna acessível a todos sem limites de tempo e espaço.
O professor e o aluno se tornam parceiros na missão de organizar as informações e configurá-las em formato de conhecimento. Nenhum tipo de conhecimento é único e exclusivo sendo tudo muito mais interdisciplinar do que nas fases anteriores, promovendo um desenvolvimento de habilidades e competências muito diferentes, compatíveis com a sociedade 4.0.
A educação agora se mistura mais ainda com as vivências rotineiras, não se limitando ao espaço escolar, a métodos tradicionais nem tampouco a figura do professor, sendo muito mais incentivado a busca por novos modelos de metodologia, retomando ideais antigos ou desenvolvendo novos.
Os aspectos positivos fazem a diferença. Os alunos são estimulados a serem curiosos e criativos; estudantes e professores produzem em conjunto; os alunos empregam ferramentas digitais para realizar as tarefas; trabalham com problemas que valem a pena resolver e que ajudam a tornar o mundo melhor; professores ensinam os alunos como contar uma boa história, conhecida como storytelling; alunos desenvolvem pesquisas autônomas que estimulem o protagonismo no processo de aprendizagem.
Por isso, os gestores que estão alinhando o trabalho nas suas instituições com esse conceito contemporâneo, estão em busca de profissionais que lidem com a cultura da inovação de maneira natural, tendo um olhar diferenciado para a infraestrutura e as práticas da gestão, sem se opor a essas evoluções.
Professores estejam atentos para editar seus comportamentos, passando a atuar como mediadores, ajudando o estudante a descobrir a melhor forma de aprender, sendo um facilitador na formação de seus pensamentos críticos. O educador precisa também se atualizar no manuseio das ferramentas digitais e ser aberto para estabelecer uma parceria com o aluno, mantendo sua autoridade sem precisar ser autoritário.
E aí, como está a sua escola?
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