Professor, partilhe experiências com sua classe
Os métodos de ensino aprendizagem mudaram ao longo do tempo, mas um desafio permanece: como chamar e manter a atenção de alunos que dispõem dos mais diversos meios de aprendizagem dentro e fora da sala de aula, cujas experiências de vida estão ainda se formando e que, em determinada fase, precisam decidir qual carreira seguir? Para entender como partilhar experiências com a sua classe, acesse!
Os métodos de ensino aprendizagem mudaram ao longo do tempo, mas um desafio permanece: como chamar e manter a atenção de alunos que dispõem dos mais diversos meios de aprendizagem dentro e fora da sala de aula, cujas experiências de vida estão ainda se formando e que, em determinada fase, precisam decidir qual carreira seguir?
As estratégias que você escolhe para ensinar podem fazer toda a diferença na apreensão de informações e conteúdo. Experimente, por exemplo, ensinar trigonometria para uma criança e depois para um adolescente. Quem você acha que questionará mais?
Continue lendo este artigo para conhecer algumas estratégias a serem usadas em sala de aula:
Explicando o exemplo acima, enquanto é mínima a probabilidade de uma criança lhe questionar sobre o uso deste conteúdo em sua vida, o adolescente – que naturalmente e biologicamente passa por uma fase questionadora –, tem mais chances de se perguntar quando ou mesmo se usará este conteúdo em algum momento de sua vida.
Segundo o educador e palestrante Caio Beck, para a criança ou adolescente, muitas vezes a educação é um processo de acúmulo de conhecimentos e habilidades que podem ser úteis em um momento posterior da vida. “É como se fosse um reservatório de saberes, que em determinadas situações, serão resgatados. Vamos aprendendo matemática, português, artes, geografia, ciências e demais disciplinas curriculares, com o propósito de nos preparar para situações futuras”, explica.
Para chamar e manter a atenção do aluno, frente aos inúmeros desafios da sala de aula, é preciso inovar e levar em consideração as fases de vida do aluno, desde sua infância às descobertas sobre a vida adulta, até o momento em que surge a pressão de escolher uma carreira, geralmente aos 17 anos de idade.
Partilhe experiências e use exemplos práticos
É muito importante notar o valor de levar para a sala de aula exemplos práticos da vida, que relacionem a matéria aplicada ao ambiente no qual o aluno está inserido, envolvendo-o para que também compartilhe sua visão sobre o tema em questão.
Com a mudança nos processos de ensino aprendizado ao longo dos anos, um ponto positivo foi o estímulo à participação ativa do aluno como agente crítico. É importante que este se sinta capaz de relacionar os fatores abordados em sala de aula (trigonometria, teorema de Pitágoras, fórmulas químicas, História do Brasil, ou mesmo a aplicação das Leis de Newton) no seu dia-a-dia.
Partilhe experiências nas quais tenha aplicado seu conhecimento ou use exemplos práticos para ‘ilustrar’ aquilo que deseja passar aos alunos. Além disso, estimule constantemente seus alunos a partilharem suas próprias experiências de forma a relacionarem sempre o tema tratado à sua própria realidade.
Atente-se às emoções. Empatia é fundamental!
Para que o processo de troca de experiências seja de fato eficiente, empatia é fundamental! O neurocientista brasileiro André Palmini, alerta que seres humanos são movidos por emoções e chama a atenção para estudos nas áreas da neurociência que mostram que, mesmo diante do avanço da tecnologia, o papel do professor é cada vez mais importante nos processos educacionais.
Além de sugerir que o professor considere o ensino aprendizagem como um processo ativo e interativo entre professor e aluno, Palmini orienta que o professor promova essa interação de forma produtiva, buscando sempre transmitir ou expressar empatia ao aluno.
Estudos mostram que a empatia contempla os componentes cognitivo, afetivo e comportamental, o que sugere que, ao transmitir ou expressar “empatia” aos alunos, o professor é visto como aquele que facilita o aprendizado.
Convide profissionais inseridos no mercado para um bate-papo
Na época pré-vestibular é comum que os jovens vivam a dúvida e a pressão que permeia a escolha de uma profissão. Uma alternativa é deixá-los mais próximos à realidade que enfrentarão enquanto profissionais inseridos no mercado de trabalho.
Sendo papel do educador, motivar, envolver e respeitar as capacidades e limitações de cada um dos participantes do processo de ensino-aprendizagem, oferecer ao aluno uma gama de experiências pode ser uma boa alternativa. Convide profissionais já inseridos em variadas áreas do mercado para partilhar suas histórias! Além de ser uma experiência inovadora frente à rotina de estudos, esta atividade pode ser importante para mostrar aos alunos como, na prática, funciona o mercado de trabalho.
Segundo o pensador russo Lev Vygotsky (1896-1934) as interações sociais são impulsionadoras do conhecimento e a aprendizagem se consuma quando intermediada pelo outro. Assim, fica mais fácil perceber que, ao ficar “por dentro” de experiências da vida adulta, o aluno possa despertar sua atenção para uma área que ainda não havia pensado para si.
Tendência Progressista ou Construtivista
Esta é uma tendência pedagógica que considera o aluno como sujeito do processo, interagindo com o meio e a sociedade, analisando-a a partir de seus movimentos e contradições. Nela, valoriza-se a experiência da pesquisa e da descoberta para a solução dos problemas, tornando os alunos participantes de todo o processo, tendo o diálogo e a troca de experiências como principal instrumento.
Jean Jacques Rousseau, filósofo e escritor suíço (1712-1778), por exemplo, era um nato interessado pela vida concreta, cotidiana e verdadeira do homem e, com isso, difundia sua ideologia cujo foco era a transformação da sociedade por meio do verdadeiro ensino, voltado à condição humana.
Ao pensar na aprendizagem do aluno, é importante que o educador busque sempre estimular o pensamento crítico, sua capacidade de discernimento e aceitação das diferenças culturais, bem como compreender a vida em suas mais diferentes perspectivas.
Nesse ponto, a tecnologia é uma grande aliada: com ela, os alunos entram em contato com experiências de pessoas de todo o mundo, estimulando também sua capacidade de comunicação. Frente às mudanças que temos encarado ao longo dos anos, uma coisa podemos afirmar com certeza: ouvir e compartilhar experiências continua sendo muito atraente!
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