Redação #943265
Após a instalação de grandes centros industirais no Brasil e o processo do êxodo rural, na segunda metade do século XX, o país tornou-se urbano. Na atualidade, os malefícios desse processo de urbanização mal planejado estão visíveis nas principais metrópoles brasileiras: pessoas vivendo em situações precárias, enquanto imóveis estão sob posse de bancos. Portanto, faz-se necessária a intervenção do Estado afim de promover o acesso a moradias dignas a todos os brasileiros.
Primeiramente, os problemas habitacionais estão além do indivíduo que não possui uma casa, como é representado no livro "Quarto de despejo", de Carolina Maria de Jesus. Na obra é possível acompanhar a rotina autora para sustentar seus filhos e sua casa, localizada em uma comunidade do município paulista. Carolina mantém uma rotina árdua, mas ainda lhe falta muito do que um cidadão deveria ter para viver dignamente.
Além disso, não é apenas o relato da autora que sustenta essa ótica. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010, o município de São Paulo possuía cerca de 130 mil pessoas vivendo em calçadas ou casas inadequadas. Paralelamente, a mesma pesquisa revela que 290 mil imóveis estavam sob posse de instituições bancárias. Tal fato revela que os problemas habitacionais brasileiros são intríssecos à falta de poder de compra.
Em suma, resta ao Governo Federal gerar condições básicas para o sanamento desse déficit. Para isso, a Secretaria Nacional de Habitação deve aumentar o alcance do programa Minha casa minha vida, além de reduzir o valor do aluguel pago pelos beneficiados. Em consequência, o percentual populacional que vive em habitações precárias será reduzido exponencialmente.
Salvador - BA