Redação #742510
O filme " Por lugares incríveis" ilustra a trágica história de dois adolescentes,que diante de problemas e desavenças se encontram perdidos e desamparados. Sem o devido apoio e a ausência de perspectiva de melhora um deles acaba cometendo suicídio. De conformidade com a história fictícia, atualmente no Brasil, são muitos os estigmas enfrentados por pessoas com doenças metais. Diante desse prisma, é imprescindível destacar que o preconceito e a falta de atendimentos contribuem para a perpetuação da problemática.
Nesse contexto, é importante ressaltar o preconceito como um grande estigma para pessoas com doenças mentais no Brasil. Conforme teorizou o filósofo Nicolau Maquiavel, que dizia que as raízes do preconceito são mais profundas que os princípios. Desse modo, o preconceito é uma enorme barreira a ser enfrentada, pois diminui as chances de o paciente procurar ajuda, bem como acrescenta uma piora em seu quadro. Ademais, é inadmissível que ainda persistam conceitos tão ignorantes em nossa sociedade, proferidos com ausência de empatia para com o próximo.
Além disso, a falta de atendimentos configura um impasse que impossibilita o apaziguamento da problemática. Com a assinatura da Lei Áurea, em 1888, todos os escravos foram libertos, no entanto, não foram prestados apoios ou indenizações para os então ex-escravos, acentuando ainda mais a desigualdade no Brasil. Conforme a alusão histórica, a desigualdade social atualmente ainda é alarmante, e a população mais carente, não tendo condições de pagar por consultas médicas, e a inexistência de políticas públicas que as amparem, são as que mais sofrem com tal condição. Assim sendo, é inviável que ainda nos dias de hoje, a população sofra pela falta de atendimentos, herança de uma sociedade escravista que acabrunha multidões.
Portanto, é de fucral importância que medidas sejam tomadas para a diminuição dos estigmas associados às doenças mentais. Para tanto, seria imperioso que o Ministério da Saúde intervisse, fazendo uma reeducação social e promovendo políticas públicas que melhor atendam as camadas inferiores, através de ensinamentos educacionais desde a idade infantil, e atendimentos psiquiátricos e psicológicos, bem como ser ressaltada a importância da família na melhora do paciente, para que só assim a sociedade brasileira consiga se reerguer frente a números tão alarmantes do crescimento das doenças mentais.
-