Redação #739347
A revolução Industrial, marcada pelos avanços mecânicos e científicos, forneceram maior intensificação dos impactos ambientais, visto que não apenas os poluentes atmosféricos, mas também a má distribuição do lixo começaram a estabelecer-se. Hodiernamente, a água como recurso necessário à vida, têm sofrido enormes adversidades no Brasil, tais entraves põem em risco o futuro das próximas gerações. Dessa forma, a falta de consciência da população - atrelada ao negacionismo ambiental-, em conjunto a omissão governamental que induz à elitização da água, contribuem para a perpetuação de crises hídricas enfrentadas no país.
Em primeira análise, a destinação de resíduos nas cidades é feita de maneira irresponsável, a ocupação em rios, por exemplo, leva as diversas enchentes enfrentadas no meio urbano. Assim, Mário Sérgio Cortella, filósofo brasileiro, defende uma educação crítica, que forme seres pensantes. Analogamente a esse pensamento, os cidadão brasileiros não possuem, em grande maioria, senso crítico para analisar o despejo do lixo, dessa maneira, a água, como um dos alvos, sofre continuamente com a poluição, prejudicando não apenas a população, mas também a flora e fauna circundante. Logo, faz-se necessário um ênfase na educação, principalmente escolar, dessas pessoas.
Ademais, é válido ressaltar a participação do governo para a continuidade do problema hídrico, o que é observado na omissão e falta de investimento na infraestutura geral. Consoante, John Locke, filósofo contratualista, o estado possui função de garantir que os cidadãos gozem de direitos imprescindíveis. Entretanto, ao observar a situação social brasileira nota-se uma forte desigualdade; locais valorizados pela população de alta renda possuem adequados tratamentos de água e saneamento básico, enquanto bairros humildes, principalmente no interior de estados, usufruem da má qualidade e, muitas vezes, total falta desse recurso. Assim, tal bem natural é elitizado devido à inércia governamental que não democratiza o acesso às áreas carentes, indo em contramão aos direitos fornecidos pela Carta Magna regente.
Diante do exposto, é de extrema necessidade medidas para reverter o entrave. Então, cabe ao Executivo - representado pelo Presidente da República-, fornecer maiores investimentos à infraestrutura hídrica carente do país, por meio da destinação de verbas aos estados federativos, que devem ser repartidas para educação e obras; na educação, a utilização será nas escolas, principalmente em palestras ambientais, enquanto nas obras, à contrução de poços, dutos hídricos e saneamento básico. Dessa maneira, a crise de escassez da água será controlada e os cidadão brasileiros obterão consciência do seu uso, além da receptividade aos mais humildes.
João Pessoa - PB