Redação #647301
Previsão: 18/06/2021
No filme "O Poço" é retratada a verticalidade social e também sua desigualdade. Quem está nos primeiros andares, come os alimentos de melhor qualidade e em abundância, já quem está nos andares mais baixos, só restam duas opções: comer as pouquíssimas sobras ou ser comido. Esse é o reflexo dos impactos da pandemia do covid-19 na vida dos brasileiros de menor renda, no país em que o mercado de trabalho não estava preparado para esta triste guerra.
Obviamente, nenhum país imaginou estar pronto para enfrentar uma pandemia, o Brasil vindo de sequênciais crises econômicas e políticas desde 2015, tinha milhões de desempregados quando começou os problemas oriundos da paralisação do comércio em função do novo coronavirus, esse cenário ainda é presente, um fantasma volta assombrar a vida da classe mais baixa da sociedade: a fome afinal, quem não tem renda não consegue comer.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 50% da população brasileira tem sua renda abaixo de um salário mínimo, isso se dá pois parte da população - especialmente a mais pobre - não tem um trabalho formal garantido pelos direitos previstos na Constituição Federal de 1988. Trabalhadores sem emprego dentro da formalidade da CLT, não recebem férias, fundo de garantia por tempo de serviço,13º do salário e nem sequer o valor total de um salário mínimo, o que chega a ser desumano.
Os governos municipais, estaduais e Federal por meio de políticas públicas eficientes, devem criar programas em parceria com empresas públicas ou privadas que facilitem a integração do Trabalhador em geral ao serviço formal. Nos municípios devem ocorrer acordos legais com o comércio local para a geração de vagas. O governador de cada estado: ampliar, melhorar e reestruturar os programas de integração ao mercado de trabalho já existentes. A criação de um programa nacional de Vargas deve ser realizado por meio do Ministério do Trabalho. Todo brasileiro é digno de sustento para ouvido do suor do seu trabalho.
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