Redação #647208
Negar argumentos científicos, contrapor dados estatítiscos comprovados por meio de opiniões subjetivas, propor teorias que não possuem embasamento científico. Todas essas questões apresentadas anteriormente, nada mais são que as princípais bases do pensamento negacionista. E, tal pensamento, tem se provado extremamente maléfico para a sociedade do século XXI, excepcionalmente no que tange a questão da eficácia das vacinas e à disseminação de notícias falsas (fake news).
Se, no início do segundo milênio, a porcentagem de evasão às campanhas de vacinação eram baixíssimos, haja visto que o negacionismo ainda não era tão presente, atualmente, essa porcentagem tem apresentado um crescimento que já pode ser chamado de expressivo . A ideia não comprovada cientificamente de que vacinas não apresentam eficácia real tem atraído inúmeros adeptos. Adeptos esses que, infelizmente, tem tornado viável o retorno de doenças anteriormente extintas, justamente devido aos programas de vacinação em massa.
Ademais, com o advento das redes sociais, a disseminação do pensamento negacionista tem colaborado para a propagação das fake news. De modo que, muito além do pensamento antivacina, ideiais como o terraplanismo, a divulgação de receitas milagrosos que auxiliariam na prevenção de doenças - tal como a utilização da hidroxicloroquina e da cloroquina como tratamento precôce para a COVID-19 - tem ganho espaço de debate, principalmente entre os desinformados.
Infelizmente, o negacionismo científico tem crescido mais a cada dia. Entretanto, faz-se necessário que o Estado, em conjunto com o Ministério da Educação (MEC), implante programas que advirtam a população sobre a veracidade das informações e da importância do debate pautado em ideias que possuam embasamento científico comprovado. De tal maneira, o negacionismo poderá ser combatido.
SOROCABA - SP