Redação #1268175
Previsão: 18/01/2023
Chimamanda Adichie afirma que a mudança do "status quo" - o estado das coisas - é penosa. Nessa perspectiva, percebe-se tal dificuldade na desvalorização de povos e comunidades tradicionais brasileiros, visto que, mesmo lutando, não são muito reconhecidos e não possuem seus direitos assegurados. Logo, deve-se traçar estratégias a partir da atuação nas causas do problema: a omissão governamental e o silenciamento.
Dessa forma, em primeiro plano, é preciso atentar parar a omissão governamental presente na questão. Para Hobbes, o Estado é responsável por garantir os direitos dos cidadãos. Porém, tal responsabilidade não está sendo honrada quanto à desvalorização desses povos e comunidades, uma vez que seus territórios e seus direitos nem sempre são protegidos e assegurados, deixando-os, assim, vulneráveis à empresas que apoiam propostas destrutivas a preservação do meio ambiente. Assim, é preciso que o Estado saia da inércia em que se encontra.
Além disso, o silenciamento também impacta a questão. Djamila Ribeiro afirma que é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Entretanto, tal perspectiva não é vista na questão dos povos e comunidades tradicionais, visto que suas lutas e sua existência não são reconhecidos pela sociedade e nem pela mídia. Então, é importante que essa situação seja retirada da invisibilidade para que se possa atuar sobre ela, como defendeu a autora.
Portanto, deve-se intervir sobre o problema. Para isso, o Estado deve criar uma agenda específica sobre o tema, a fim de reverter a inércia estatal presente no tema. Tal ação pode, ainda, conter consultas públicas para entender as reais necessidades dos demais povos e comunidades tradicionais. Paralelamente, é preciso intervir sobre o silenciamento presente no problema. Dessa forma, será possível mudar o estado das coisas, mesmo que de maneira penosa, como defendeu Adichie.
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