Redação #1265093
Previsão: 02/12/2022
Na obra "O cidadão de papel", o jornalista Gilberto Dimenstein critica o sistema de leis do Brasil, o qual possui uma boa elaboração, porém carece de efetividade na prática. Sob esse viés, a crítica da obra sobredita se aplica no contexto nacional quanto a valorização de comunidades e povos tradicionais no país, pois é uma questão a ser solucionada. Logo, são necessárias medidas para solucionar o impasse, motivado pela falha estatal e educação pouco crítica.
Em primeiro lugar, constata-se o desserviço estatal como uma das causas da questão da valorização de comunidades. Nesse contexto, o filósofo Zygmunt Bauman criou a expressão "Instituições Zumbis", a qual diz respeito ao fato de que algumas instruções, como o Estado, estão perdendo a sua função social. Nessa ótica, tal teoria é constatada no contexto brasileiro, visto que o Poder Público age de forma relapsa, ocasionando a manutenção do problema. Desse modo, devido à omissão governamental, a problemática é agravada no meio social.
Ademais, a carência de discussões acerca dos povos tradicionais é um dos motivadores do empecilho. Nesse sentido, o sociólogo Karl Marx em sua teoria do "Silenciamento dos Discursos", alguns temas são omissos na sociedade de modo a ocultar as mazelas sociais. Sob essa perspectiva, na sociedade brasileira contemporânea, a visão do autor pode ser aplicada quanto as comunidades, porquanto o assunto pouco é debatido no âmbito midiático, o que resulta na manutenção do problema no país. Dessa forma, devido à carência de visibilidade dada à questão, a problemática se mantém no Brasil.
Para isso, o Governo Federal deve criar uma agenda econômica mais democrática, por meio da destinação de recursos, a fim de reverter a desigualdade social presente na valorização de comunidades e dos povos tradicionais. Tal ação pode, ainda, conter uma divulgação na mídia, como "lives", "hashtag", para que a população tome conhecimento. Paralelamente, é preciso intervir sobre os povos tradicionais presentes no problema. Feito isso, a realidade destoará da obra de Dimenstein.
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