Redação #1262603
A obra "O grito", do pintor norueguês Edvarnd Munch, retrata uma imagem em um momento de profunda preocupação, angústia e desespero. De maneira análoga ao expecionista, tal situação de desconforto, também se faz presente no contexo social hodierno, visto que a falta de acesso à documentação básica, torna os cidadãos invisíveis na sociedade. Sob esse viés, em razão não só do descaso governamental, como também da exclusão social, emerge um grave problema.
Diante dessa perspectiva é valido ressaltar como parte do Estado costuma lidar com a problemática. A esse respeito, o livro "Quarto de Despejo", de Carolina Maria denuncia a negligência estatal para com a população mais pobre, que é privada de seus direitos básicos. Nesse sentido, a dificuldade no acesso à cidadania faz com que a invisibilidade seja maior nessa parte do corpo social, tal como exposto no livro de Carolina.
Outrossim, a exclusão social é um consequência da falta de registro civil. Sob essa visão, Graciliano Gomes, autor modernista brasileiro no filme "Vidas Secas", destaca dois personagens conhecidos como "o menino mais novo" e "o menino mais velho", ambos sem identidade própria. Assim, a realidade desses personagens se assemelha a milhões de brasileiros que se encontram sem registro civil.
Portanto, medidas devem ser tomadas para atender aos problemas citados à cima. Nesse contexo cabe ao Governo Federal junto ao Ministério da Cidadania, desenvolver um projeto anual de auxílio à indentificação pessoal, por meio de uma análise à ser feita na Câmara de Deputados. Espera-se, com tais atos, evitar sentimentos de desespero, como o retrato da obra de Munch.
São Luís - MA