Redação #12226
"Quando o português chegou, debaixo duma bruta chuva, vestiu o índio". Os versos, do autor modernista Oswald de Andrade, denunciam o olhar eurocêntrico do português sobre os povos nativos. Nota-se que, essa visão - claramente verificada nas cartas de Pero Vaz de Caminha - é, de grande parte, responsável pela criação e naturalização do estereótipo do índio selvagem, que ainda perdura no Brasil. Consequentemente, as raízes históricas influenciam na perda da identidade cultural indígena - associada principalmente à terra -, resultando em uma intensa luta por seu território original.
Apesar de garantida por lei no Estatuto do Índio, um dos maiores desafios enfrentados pelos índios brasileiros é a posse de suas terras de origem. Visto que houve um aumento exponencial do agronegócio no Brasil, terrenos, que por direito são indígenas, vêm sendo ocupados por grandes fazendeiros, a fim de estabelecer, nessas áreas, o cultivo de produtos voltados para exportação. Isso gera, muitas vezes, conflitos entre índios e latifundiários, resultando em um massacre da população autóctone, paralelo ao genocídio que ocorreu no período em que o Brasil era colônia de Portugal.
Decorrente dessa situação, muitas tribos indígenas se realocam em reservas e acampamentos nas margens de estradas. Como produto dessa realidade, aflora, muitas vezes, o sentimento de rejeição e não pertença nos nativos. Segundo o Ministério da Saúde, de 2000 a 2011, 555 índios se suicidaram. Isso revela que, devido à perda de suas terras - intrinsecamente um fator que compõe a identidade indígena -, a população indígena é marginalizada, e a resultante é o desenvolvimento da depressão em parte dos índios.
Fica claro, portanto, que medidas devem ser tomadas para corrigir os entraves da delimitação de terras. É dever da FUNAI intensificar o monitoramento de terras já demarcadas, bem como acentuar a fiscalização das que estão em processo de demarcação, visando combater a atividade ilegal naquela região, garantindo dessa forma o direito indígena. O Governo deve criar delegacias especializadas para denúncias de ocupação ilegal do território indígena, para que assim assegure o que está posto no Estatuto do Índio.
Apesar de garantida por lei no Estatuto do Índio, um dos maiores desafios enfrentados pelos índios brasileiros é a posse de suas terras de origem. Visto que houve um aumento exponencial do agronegócio no Brasil, terrenos, que por direito são indígenas, vêm sendo ocupados por grandes fazendeiros, a fim de estabelecer, nessas áreas, o cultivo de produtos voltados para exportação. Isso gera, muitas vezes, conflitos entre índios e latifundiários, resultando em um massacre da população autóctone, paralelo ao genocídio que ocorreu no período em que o Brasil era colônia de Portugal.
Decorrente dessa situação, muitas tribos indígenas se realocam em reservas e acampamentos nas margens de estradas. Como produto dessa realidade, aflora, muitas vezes, o sentimento de rejeição e não pertença nos nativos. Segundo o Ministério da Saúde, de 2000 a 2011, 555 índios se suicidaram. Isso revela que, devido à perda de suas terras - intrinsecamente um fator que compõe a identidade indígena -, a população indígena é marginalizada, e a resultante é o desenvolvimento da depressão em parte dos índios.
Fica claro, portanto, que medidas devem ser tomadas para corrigir os entraves da delimitação de terras. É dever da FUNAI intensificar o monitoramento de terras já demarcadas, bem como acentuar a fiscalização das que estão em processo de demarcação, visando combater a atividade ilegal naquela região, garantindo dessa forma o direito indígena. O Governo deve criar delegacias especializadas para denúncias de ocupação ilegal do território indígena, para que assim assegure o que está posto no Estatuto do Índio.
Carregando as redações...
Aguarde um momento...
Gabrielli Lopes
-