Redação #1177677
Em meados do século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig mudou-se para o Brasil devido às perseguições nazistas. Bem recebido e impressionado com o potencial da nova casa, Zweig escreveu um livro cujo título é permeado nos dias de hoje: "Brasil, país do futuro". Todavia, ao analisar a questão da violência urbana no país, é possível perceber que a profecia do autor não se concretizou, uma vez que a negligência por parte do governo e a desigualdade social influenciam na perpetuação desse cenário negativo.
Sob esse viés, é lícito postular a negligência governamental como um fator impulsionador desse revés. Segundo Thomas Hobbes é dever do Estado garantir o bem-estar da sociedade. Contudo, tal pensamento se encontra deturpado no país, visto que, o governo atua minimamente no que tange a busca pela melhora na qualidade do planejamento das cidades e pelo incentivo da população a se manter alerta para que haja uma prevenção, o que faz com que repressões policiais sejam constantes nas cidades e que, consequentemente, o índice da violência urbana continue aumentando.
Ademais, a irrefutável influência da desigualdade social contribui na persistência da problemática. A parcela mais pobre da população brasileira não dispõe das mesmas oportunidades daquela que tem melhores condições de vida, não tendo, muitas vezes, acesso à educação e até mesmo à alimentação, por exemplo, o que faz com que práticas ilegais, como o roubo, sejam o único meio de garantir seus direitos.
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar esse impasse. Cabe, pois, ao Governo Federal investir na melhor planificação das cidades, além de incentivar as pessoas por meio de campanhas de conscientização, a fim de mantê-las previnidas e, assim, reduzir a violência urbana e a grande necessidade de forças policiais no Brasil, garantindo o bem-estar dos cidadãos.
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