Redação #1124983
Previsão: 02/09/2022
A Constituição Federal do Brasil, norma de maior hierarquia no sistema jurídico do país,ditou em seu artigo 225 o direito de todos terem acesso ao meio ambiente equilibrado e protegido.Contudo, o constante aumento do desmatamento e da poluição ambiental mostram a falha do Estado no seu papel de defensor da natureza. Logo, devem ser analisadas a exploração capitalista e a miopia social como contribuintes para essa situação.
Em primeiro plano, é importante compreender que, historicamente, a mata atlântica foi quase totalmente desmatada, visando o lucro com a venda do pau-brasil. Nesse contexto, observa-se que o país ainda está mais focado nos apelos capitalistas do que na proteção dos recursos naturais para a sobrevivência de futuras gerações. Nota-se, também, que, apesar da revolução verde ter expandido imensamente a capacidade de produção de alimentos, uma enorme parcela da população brasileira ainda vive na miséria. Dessa forma, é notório que continuar sobrepondo as vontades da bancada ruralista sobre as necessidades dos cidadãos levará o país a um rápido declínio social e econômico.
Concomitantemente, é necessário entender como a miopia social impede a mudança desse paradigma. Desse modo, a população tenta colocar em prática os princípios da reciclagem, dietas vegetarianas e compras conscientes, mas falha na cobrança do Estado e das grandes empresas, que continuam desmatando a nação para exportar gado e grãos para os países ricos, deixando os brasileiros famintos e com uma terra cada dia mais estéril. Em vista disso, os cidadãos devem pensar se as pessoas que estão elegendo para cargos públicos fazem algo para reverter essa situação desastrosa.
Evidencia-se, portanto, a urgência de efetuar os preceitos da Constituição, para que um futuro equilibrado seja possível para o país. Dessa maneira, é função do Estado, no seu papel de protetor da natureza, investir, por meio do Ministério do Meio Ambiente, na criação de políticas que limitem e fiscalizem o desmatamento nos biomas brasileiros, além de obrigar as empresas que lucram com essa exploração a usarem uma porcentsgem desse ganho no reflorestamento e cuidado da área prejudicada.
Recife - PE