Redação #1117104
Previsão: 30/08/2022
Para Carlos Drummond de Andrade, escritor modernista, a educação visa melhorar a natureza do homem, o que nem sempre é aceito pelo interessado. Nesse sentido, esse pensamento pode ser evidenciado na sociedade brasileira, uma vez que os cortes nas verbas de universidades não apenas fomentam a incerteza quanto ao futuro dessas instituições, mas também prejudicam a formação de profissionais capazes de desenvolver a nação. Desse modo, faz-se necessário discutir sobre a ação governamental e o descaso social perante tal injustiça.
Em primeira análise, cabe elencar que a ação governamental se torna um alicerce para o problema. A partir disso, para Thomas Hobbes, filósofo inglês, é dever do Estado proporcionar meios que auxiliem o progresso de toda a coletividade. Infelizmente, esse pensamento não condiz com a realidade tupiniquim, já que o Estado, ao retirar recursos vitais para a evolução educacional e acadêmica da nação, não apenas impossibilita a formação de uma sociedade crítica e instruída, mas também estimula a criação de uma população operária marcada por sua objetificação perante os interesses governamentais e pela ignorância quanto aos seus direitos constitucionais. Assim, para que as faculdades não tenham um futuro tão incerto, é imprescindível que o poder público repense suas escolhas.
Ademais, o descaso social também agrava a adversidade. Nesse contexto, de acordo com dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil é impregnado por uma triste realidade educacional, visto que apenas 17% da população possui ensino superior completo. De maneira análoga, em uma nação marcada pela insalubridade Pedagógica, é comum que grande parte da população não entenda a verdadeira importância dos institutos acadêmicos e, logo, não se importem com o decréscimo de verba destinado a esses locais. Em alguns casos, essa desinformação, é tão extrema que o indivíduo apoia tal decisão, desde que o câmbio monetário seja repassado para outro setor social. Com isso, para que o desinteresse comunitário diminua, faz-se necessário que a ignorância em suas mentes seja erradicada.
A partir do exposto fica evidente quais chagas devem ser solucionadas. Portanto, o Ministério da Educação - órgão responsável pela educação do país - a partir de planos econômicos intermediadas pelo Tribunal de Contas da União, deve aumentar as verbas destinadas as universidades, a fim de reverter as ações do governo e melhorar a infraestrutura e ensino de tais estabelecimentos. Além disso, a mídia, a partir de propagandas e campanhas, também deve informar a importância do ensino superior para o país e as consequências que o corte de suas verbas pode trazer. Com essas medidas, o pensamento de Carlos Drummond não poderá mais ser relacionado a realidade brasileira.
Uberaba - MG