Redação #1096184
Previsão: 20/07/2022
Paulo Freire, educador brasileiro e analista dos métodos educacionais aplicados, afirma que a educação modifica as pessoas e elas, consequentemente, alteram o mundo. Contudo essa progressão no Brasil hodierno é inviabilizada devido a evasão escolar, que se mostra desafiadora no processo educacional do país. Sob essa perspectiva, valida-se a falta de incentivo familiar e a irresponsabilidade social dos indivíduos, como principais agravantes do problema supracitado. Logo são urgentes as diligências para sanar essa realidade.
A princípio, ressalta-se a inércia da família frente à desistência do estudante. De acordo com a psicóloga Natasha Tortelli, a primeira sociedade de convivência é a família, ou seja, É nesse meio que serão absorvidos os incentivos primários que integrarão o pensamento daquele indivíduo. Consoante a isso, a negligência dos responsáveis pelos discentes faltantes no âmbito escolar influencia diretamente na possibilidade de retorno destes à escola, visto que cobranças, de modo equilibrado, são importantes para permanência e sucesso estudantil. Assim, o impasse da formação escolar depende, para sua resolução, da parceria entre familiares e educadores.
Outrossim, a consciência da responsabilidade dentro do corpo social é determinante para a quantidade de alunos evasivos. Segundo Platão, filósofo grego, a cidade ideal é uma sociedade na qual os indivíduos executam, de acordo com as suas aptidões, funções coletivamente imprescindíveis. Sob a égide do pensamento platônico, não reconhecer a própria importância dentro do conjunto social, corrobora para a naturalização da evasão estudantil, resultando na falta drástica de profissionais capacitados. Diante do exposto dotar o aluno sobre sua relevância é tão importante quanto ensiná-lo assuntos didáticos.
Destarte, cabe à família - instituição social primária - incitar o aluno a permanecer na escola, por meios de diálogos intrafamiliar que repasse a importância da educação para a melhoria de vida, a fim de despertar o afinco pela capacitação pessoal e inaceitação de realidades precárias. Somado a isso, a escola deve proporcionar profissionais como psicólogos e assistentes sociais que facilitarão a reintegração no ambiente escolar a partir da situação vivida pelo indivíduo. Deste modo, o Brasil ratificará os ideais de Paulo e reduzirá notoriamente o imóvel da evasão estudantil.
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