Redação #1062416
Previsão: 27/06/2022
Na obra "Cidadão de papel", o jornalista Gilberto Dimenstein critica o sistema de leis do Brasil, o qual possui uma boa elaboração, porém carece de efetividade na prática. Sob esse viés, a crítica da obra sobredita se aplica no contexto quanto a exposição de menores na internet, visto que há pessoas que lucram com suas publicações, mesmo possuindo total conhecimento de que trabalho infantil é crime e redes sociais tem idade mínima para criar um perfil. Logo, é necessário medidas para solucionar o impasse, que é motivado pelo desejo de fama dos pais, e pela irresponsabilidade ao expor os próprios filhos a discursos de ódio.
Em primeiro lugar, constata-se a banalização da sociedade como uma das causa da exibição de crianças e adolescentes no meio citado. Nesse contexto, a filósofa Hannah Arendt criou a expressão "Banalização do mal", a qual diz respeito ao fato de que as pessoas estão normalizando as mazelas sociais, de modo a torná-las banais. Por essa ótica, tal teoria é constatada no contexto brasileiro, uma vez que parte dos responsáveis a priorização do desejo de fama, o que acarreta, diversas vezes, em crianças traumatizadas que perdem parte da infância e amadurrecem rápido demais.
Ademais, a carência de discussões acerca dessa problemática é um dos motivadores do impasse. Nesse sentido, segundo o sociólogo Karl Marx, em sua teoria do "Silenciamento dos Discursos", é comum alguns temas serem omitidos da justiça, já que o povo mesmo não costuma enxergar as consequências dos atos. Contudo, internet não é um local para criação de menores de idade, já que eles são obrigados a lidarem desde cedo com discursos de ódio, venda de imagem e parcerias, certas vezes, prejudiciais a eles, como podemos observar na influenciadora mirim, Luara.
Portanto, faz-se necessário ações para conter a divulgação de imagens infantis nas redes. Para tanto, o Governo Federal, cuja função é proteger e zelar por todos indivíduos, por meio do Ministério das Crianças, acionar leis mais rígidas sobre estes aplicativos e trabalhar para banir contas juvenis da internet, a fim de proporcionar uma infâmcia livre e feliz a todos. Além disso, cabe as próprias empresas avaliarem melhor as páginas criadas, com o fito de não permitir a exposição de inocentes. Feito isso, a realidade destoará da obra de Dimenstein.
porto alegre - RS