Redação #1040148
A constituição Federal de 88, defende uma vida digna e sustentável, garantindo o direito à vida, à igualdade e a liberdade. Contudo, a pobreza menstrual em questão do Brasil expõe uma não efetivação da norma, uma vez que há uma desigualdade gritante e um crime a vida e a dignidade humana. Diante deste cenário é imperioso ressaltar fatores que contribuem para a problemática , dando destaque a negligência estatal e a desigualdade de gênero.
Em primeira análise , cabe destacar a banalidade do governo acerca da indigência menstrual da população feminina brasileira,tornando o assunto um tabu pouco discutido. Sob este viés, a filósofa alemã Hannah Arendt explica em sua teoria A banalidade do mal, que situações de vulnerabilidade que ocorrem constantemente , começam a ser vistas como normais e assim ignoradas ou pouco disseminadas. Nessa lógica mesmo que exigido constitucionalmente dignidade aos residentes do Brasil , mulheres em situação de fragilidade menstrual são ignoradas por quem deveria representa-las, e tornar suas vidas mais decentes.
Outrossim, é relevante examinar a forte influência da desigualdade de gênero na problemática, uma vez que segundo o canal de comunicação G1, a desigualdade cresce 11% todos os anos, acarretando demasiada dificuldades para a resolução da pobreza menstrual brasileira.Segundo a autora norte americana , ativista dos direitos das mulheres Angela Davis, uma dos principais motivos para a desconformidade entre os gêneros é a vontade patriarcal de controlar minorias, e a visão de que as mulheres servem apenas para realização de desejos masculinos. Dessa maneira esse controle e visão deturbada da humanidade mulheril, desfalca a dignidade feminina e o panorama da sociedade sobre as suas necessidades aumentando dia após dia a miséria menstrual.
Portanto, pode-se inferir que a pobreza menstrual no Brasil é um tema relevante que carece de soluções. Sendo assim é necessário que o governo brasileiro abra os olhos para essa necessidade feminina exigindo que o ministério da saúde disponibilize absorventes nas escolas e postos de saúde gratuitamente, fazendo palestras informativas sobre o uso correto e descarte dos absorventes com especialistas na área de saúde à mulher e especialistas de saúde mental com o intuito de amenizar traumas causados pela falta de higiene que a falta dos absorventes causou. Além disso é necessário uma mudança na estrutura social, ensinado desde pequeno nas escolas a necessidade da igualdade entre gêneros. Assim, a constituição irà cumprir seu papel e trará justiça para todos.
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