Redação #1039319
Previsão: 03/06/2022
Na obra "utopia", do escritor inglês Thomas More, é retratado uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que o corte de verbas e o futuro incerto das universidades brasileiras ainda é uma problemática. Tal cenário perdura devido à carência de investimentos na área da educação brasileira e o direito da educação de qualidade não garantida. Desse modo, faz-se necessária a análise desse cenário, em busca de possíveis soluções.
À vista disso, vale ressaltar que a falta de investimentos na área da educação brasileira contribui para a persistência dessa entrave. Segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 6º, é dever do estado garantir bens para a educação da sociedade brasileira. Contudo, isso não é garantido, visto que o governo não contribui para a melhoria da educação. Logo, é inadmissível que em uma sociedade democrática, haja tanto descaso em relação à essa problemática, a qual causa desigualdade, uma vez que não ocorre a distribuição de verbas às instituições.
Além disso, o direito da educação de qualidade não garantida consiste em mais um motivo desse impasse. Consoante a Pierre Bordieu, "aquilo que foi criado para se tornar instrumento da democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão." Todavia, ao analisar a carência na qualidade da educação, percebe-se que a maioria dos direitos ficam apenas na teoria, o que faz com que uma péssima educação contribua para a formação deste cenário caótico.
Portanto são necessárias medidas para combater esse impasse, cabe ao órgão governamental, realizar o cumprimento de ações orçamentárias nas universidades e por meio do poder judiciário realizar fiscalizações a respeito das verbas do sistema educacional brasileiro. Somente assim, poderá ser visto um Brasil que segue para o cumprimento da premissa de more, em sua utopia.
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