Redação #1023944
Previsão: 13/05/2022
O jornalista Gilberto Dimenstein, ao produzir a obra "Cidadão de Papel", afirmou que a consolidação de uma sociedade democrática exige a garantia dos direitos fundamentais de um povo. No entanto, ao observar a questão da habitação no Brasil, constata-se que esse direito não tem sido pragmaticamente assegurado na prática. Com efeito, é imprenscindível enunciar o aspecto sociocultural e a insuficiência legislativa como pilares fundamentais da chaga.
Em primeira análise, torna-se evidente a influência do fator sociocultural. Sob tal perspectiva, é oportuno assinalar que, conforme o pensador Émile Durheim, a sociedade deve ser analisada de maneira crítica e distanciada do senso comum. Nesse sentido, a proposta do sociólogo pode ser aplicada quando se analisa a falta de moradia decente para indíviduos carentes, ainda sem veículos midiáticos para reinvidicar seus direitos. Destarte, discorrer criticamente essa problemática é o primeiro passo para a consolidação de um país equânime.
Ademais, é cabível pontuar que a ineficácia das leis corrobora com a persistência da vicissitude. A esse respeito, o filósofo grego Aristóteles afirmou que o objetivo da política é promover a vida digna aos cidadãos.
Nessa lógica, a conjuntura vigente contrasta o ideal aristotélico, posto que a falta de habitação para todos brasileiros, conforme o artigo 5 da Constituição Federal de 1988, viola direitos constitucionais ao lesar grande parte da população e, dessa forma, intensificar a desigualdade. Assim, medidas precisam ser tomadas pelas autoridades competentes, a fito de atenuar o revés.
Infere-se, portanto, que o imbróglio abordado necessita ser solucionado. Logo, a mídia, por intermédio de programas televisivos de grande audiência, irá discutir o assunto com profissionais especialistas nessa área, com o objetivo de mostrar as reais consequências do problema, apresentar visão crítica e orientar os espectadores a respeito do impasse. Essa medida ocorrerá pela elaboração de um projeto estatal, em parceria com as emissoras de televisão. Feitos esses pontos, com a visão crítica de Durkheim e a justiça de Aristóteles, a sociedade deixará de ser uma comunidade de papel, como enfatizou Dimenstein.
-