Redação #984170
Previsão: 21/04/2022
Em 1972, o conceito de sustentabilidade, equilíbrio entre sucesso econômico e preservação ambiental, foi proposto pela primeira vez na Conferência de Estocolmo, na Suécia. Entretanto, hoje, perpetua-se, ainda com mais força, o descompasso entre o lucro e a tal preservação, em especial no Brasil, o que é evidente no fenômeno do aquecimento global consequente das emissões de gases estufa, de fato, um fruto da inconsequência humana. Desse modo, torna-se premente a análise das principais causas do problema: a pecuária intensiva e o desmatamento.
Deve-se destacar, por primeiro, que a produção em demasia de proteína bovina exacerbou drasticamente a liberação de fluidos gasosos maléficos ao ambiente, devido a subprodutos da digestão animal. De acordo com o documentário americano "Cow conspirance", a indústria da "vaca" elimina uma carga imensa de gás metano, gás estufa mais prejudicial que o famoso CO2, na atmosfera. Indubitavelmente, isso representa a inadmissível priorização do lucro em oposição a preservação do equilíbrio climático pelas corporações e pelo incompetente Estado. Assim, uma reopção da fonte proteica pela população é de suma necessidade.
Vale salientar, outrossim, que o desmatamento, principalmente da Amazônia brasileira, intensifica substancialmente o distúrbio atmosférico observado. Conforme a organização Imazon, o desmatamento cresceu 70% em fevereiro de 2022 em relação a fevereiro de 2021 na Amazônia legal. Portanto, tendo em vista que esse bioma prende enormes quantidades de carbono, tal fato, com certeza, é um dos vilões mais odiosos do aquecimento global. Com efeito, a luta contra esse delito ecológico deve ser instaurada.
Diante disso, é mister uma forma de atenuar o problema. Para isso, a ONU e o Governo brasileiro e dos demais países devem, por meio de uma severa legislação internacional contra o desmatamento e da promoção do consumo de proteínas alternativas, diminuir as emissões de metano pela pecuária e o desprendimento de carbono nos trópicos, a fim de impedir a dilaceração da biosfera e, por conseguinte, da sociedade.
-