Redação #951091
Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a questão da habitação, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.
É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a contrafação dos direitos assegurados pela Constituição de 1988, veiculados pela Mídia, rompe essa harmonia, haja vista que a garantia da habitação e propriedade privada, têm sido uma autenticidade majoritariamente no papel, porém, uma conjuntura utópica na atual situação. Tal parcialidade governamental, coopera e sustenta a fragilidade da infraestrutura nacional, corroborada pelo desalojamento inevitável da população às regiões periféricas, com conjunturas sociais, sanitárias e econômicas, precárias ante suas residências anteriores. Tais fatores implicam uma ação rápida que reverta esse cenário caótico.
Outrossim, destaca-se a alternância da dicotomia: Expectativa e Realidade, como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridadem generalidade e coercitividade. Por conseguinte, observa-se que a coletividade, presa numa expectativa ludibriada, de que seus direitos serão ratificados, em destaque à sua moradia, coadjuva para tal problemática, tendo em vista que discursos e promessas errôneas, popularizados pelos veículos midiáticos, são malogrados, o que beneficia os intetresses dos órgãos atuantes, no entanto, empobrece e acentua a disparidade de classes, com suas condições.
É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, os três poderes políticos, idealizados por Monstesquieu, necessitam elaborar e consolidar leis que garantam a legitimação dos direitos civis, em ênfase da habitação, através da disseminação de tal liberdade, pelos meios de transmissão, tradicionais e digitais. Segundo o pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nos setores educacionais, seja pela vertente do ensino básico, seja pela cultura direta da sociedade, palestras ministradas por psicólogos que discutam o combata ao problema.
Tais dinâmicas, são urgentes, a fim de que o tecido social seja genuinamente protegido e conservado por seus direitos.
Vila Velha - ES