Redação #737873
Previsão: 23/07/2021
A Constituição Brasileira, promulgada em 1988, garante a todos cidadãos o direito à educação. Entretanto, na sociedade contemporânea do país, é notória a presença de desafios para a formação de surdos, uma vez que existem poucas escolas especializadas no atendimento de deficientes auditivos, o que resulta na falta de oportunidades de emprego para essas pessoas. Tal situação é inconcebível, pois vai contra o que é garantido a todos pela Carta Magna.
       Em primeiro lugar, é importante destacar que, mesmo tendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como segunda língua oficial do país, no Brasil, há uma grande escassez de escolas especializadas e professores fluentes na linguagem de sinais. Relacionado a isto, segundo pesquisas feitas pelo Inep, o número de deficientes auditivos matriculados em escolas, no período de 2011 a 2016, caiu; dessa forma, o número de surdos com formação completa tende a cair também.
      Ademais, vale ressaltar que, segundo a filósofa francesa Simone Beauvoir, " o mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles". Tal afirmação relaciona-se com a situação atual de muitos surdos no Brasil: a falta de oportunidades de emprego. Por conta de suas formações incompletas ou falta de estudo, muitos surdos encontram dificuldades para se inserirem no mercado de trabalho, o que pode acarretar em problemas financeiros nas famílias que precisam. Esse cenário tem se naturalizado no país e há pouca procura, da parte da população e do governo, para que ele mude.
       Portanto, faz-se necessária a adoção de novas medidas para que o problema não perdure. O Governo, juntamente com o Ministério da Educação, deve, através de investimentos, especializar escolas e professores para o melhor atendimento e auxílio dos surdos, possibilitando, assim, a formação dessas pessoas. Além de, em parceria com empresas, destinar mais vagas aos deficientes. Dessa forma, os direitos assegurados pela Constituição incluirão a todos.
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