Redação #734130
A obra literária Macunaíma,do exímio escritor modernista Mário de Andrade,elucida a importância do povo indígena para a formação social e cultural do Brasil.Todavia,fora da literatura,os impasses na efetivação desse cenário dificultam a valorização da cultura indígena no atual contexto brasileiro.Nesse viés,a indiligência governamental,aliada aos danosos hábitos socioculturais emergem como fatores para a catalisação do quadro nefasto em questão.
Vale destacar,de ínicio,que a inadimplência governamental esteja entre as causas do impasse.Essa prerrogativa gravita,exponencialmente,nas ideologias do célebre filósofo Friedrich Hegel,ao apontar o Estado como meio correferido à atenuação das anomalias sociais.No entanto,observa-se que o Poder Público,em razão de não dispor da organização eficiente das verbas,permanece inerte na disponibilização de uma política pública,no tocante à prevenção do apagamento da cultura indígena e da valorização da miscigenação de vários povos para a formação social brasileira,a exemplo da demarcação de terras e da preservação linguística.Como efeito,a população indígena pode deixar de nutrir perspectivas de alterar sua realidade,a qual tende a gerar uma situação de anomia social,em virtude da potencialização de problemas de cunho psicológico,a exemplo da ansiedade e da depressão.
Outrossim,é válido discutir a culpabilidade da nociva formação sociocultural.Imerso nessa conjuntura,convém salientar a Teoria do matemático Edward Lorenz,ao afimar que uma ação considerada diminuta no presente pode reverberar em resultados incontáveis e desastrosos.Sob essa óptica,a banalização da exclusão indígena do meio social potencializa a manutenção de costumes lesivos para o funcionamento digno da sociedade,além disso,o inócuo desenvolvimento de projetos nas escolas voltados para a importância da cultura tupiniquim,chancelam a nefasta formação educacional.Por conseguinte,a qualidade de vida de diversos indivíduos tende a ser reduzida,em face do vilipêndio da integridade física e mental.
Portanto,cabe à Esfera Pública a maximização da repressão e da fiscalização acerca das terras demarcadas para indígenas,além de criar campanhas de incentivo à preservação das línguas oficiais das tribos ainda existentes,por meio do redirecionamento do erário,a fim de mitigar o apagamento de culturas importantes para a formação social e cultural brasileira.Ademais,urge que a Escola e a Família incentivem e ensinem,desde a tenra idade,a valorização da cultura tupiniquim,por intermédio não só da elaboração de atividades extracurriculares e feiras culturais que versem sobre a miscigenação,mas também da transmissão de princípios éticos e morais,com a finalidade de construir uma sociedade mais crítica e coesa.Assim,o painel traçado na obra modernista seria evidenciado na realidade.
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