Redação #73051
Título: Sem Título
10/10/2019
Albert Einstein, físico do século XX tido como uma das mentes mais brilhantes da história da humanidade, era portador de dislexia, distúrbio envolvido na compreensão da leitura e escrita. O usual choque causado pelo fato exposto reflete uma triste realidade presente na sociedade brasileira: a falta de conhecimento — ou total ignorância — sobre um dos maiores obstáculos da pedagogia contemporânea, os distúrbios de aprendizagem. Ademais, o problema se torna ainda mais grave quando combinado com o despreparo profissional no que tange a portadores de necessidades educacionais especiais que, em casos graves, acabam marginalizados por um processo pedagógico desigual e ineficiente.
Nesse contexto, é válido apontar a desinformação sobre distúrbios de aprendizagem como uma importante causa do problema. De acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), aproximadamente 70% da população brasileira é portadora de algum tipo específico de distúrbio de leitura e escrita. Nesse sentido, é evidente que, ao contrário do que se propaga pelo senso comum, se trata de um problema que atinge não a minoria, mas a maioria da população. Entretanto, a excessiva dificuldade que certas crianças têm com disciplinas específicas acaba sendo tomada pelos pais — ou até mesmo pela própria escola — como um traço de personalidade, e não como a condição psicológica que realmente é. As consequências desse pensamento obsoleto se manifestam nos próximos anos de vida da criança, que poderá passar por desvios vocacionais indesejados e até mesmo problemas psicológicos mais graves relacionados à sua percepção da própria inteligência.
Além disso, crianças portadoras de distúrbios de aprendizagem mais intensos sofrem ainda mais as consequências de um segundo agravante: o despreparo profissional. Pesquisas científicas sobre distúrbios de aprendizagem vêm ganhando crescente relevância desde a década de 1980 e, apesar de se tratar de uma área relativamente recente da psicopedagogia e ainda apresentar muitas questões em aberto, representa um avanço de suma importância rumo a uma educação mais justa e eficiente. Contudo, em contraste com a tendência científica, a realidade brasileira infelizmente não segue o mesmo rumo. A título de ilustração, muitas crianças portadoras de distúrbios como discalculia, disgrafia e TDAH além de não receberem o acompanhamento psicológico que precisam, ainda são obrigadas a seguir as mesmas atividades curriculares que as outras.
Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. Primeiramente, o Ministério da Educação em parceria com o Ministério das Comunicações deve promover palestras e peças de publicidade que visam alertar pais e educadores sobre distúrbios de aprendizagem e a abordagem correta para lidar com eles. Ademais, disciplinas envolvendo psicopedagogia devem estar mais presentes nas matrizes curriculares de educadores, ampliando suas relações individuais com os alunos e mitigando casos de exclusão e segregação pedagógica. Dessa forma, a escola cumprirá seu papel transformador e caminharemos rumo a uma educação mais justa e humanizada.
Nesse contexto, é válido apontar a desinformação sobre distúrbios de aprendizagem como uma importante causa do problema. De acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), aproximadamente 70% da população brasileira é portadora de algum tipo específico de distúrbio de leitura e escrita. Nesse sentido, é evidente que, ao contrário do que se propaga pelo senso comum, se trata de um problema que atinge não a minoria, mas a maioria da população. Entretanto, a excessiva dificuldade que certas crianças têm com disciplinas específicas acaba sendo tomada pelos pais — ou até mesmo pela própria escola — como um traço de personalidade, e não como a condição psicológica que realmente é. As consequências desse pensamento obsoleto se manifestam nos próximos anos de vida da criança, que poderá passar por desvios vocacionais indesejados e até mesmo problemas psicológicos mais graves relacionados à sua percepção da própria inteligência.
Além disso, crianças portadoras de distúrbios de aprendizagem mais intensos sofrem ainda mais as consequências de um segundo agravante: o despreparo profissional. Pesquisas científicas sobre distúrbios de aprendizagem vêm ganhando crescente relevância desde a década de 1980 e, apesar de se tratar de uma área relativamente recente da psicopedagogia e ainda apresentar muitas questões em aberto, representa um avanço de suma importância rumo a uma educação mais justa e eficiente. Contudo, em contraste com a tendência científica, a realidade brasileira infelizmente não segue o mesmo rumo. A título de ilustração, muitas crianças portadoras de distúrbios como discalculia, disgrafia e TDAH além de não receberem o acompanhamento psicológico que precisam, ainda são obrigadas a seguir as mesmas atividades curriculares que as outras.
Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. Primeiramente, o Ministério da Educação em parceria com o Ministério das Comunicações deve promover palestras e peças de publicidade que visam alertar pais e educadores sobre distúrbios de aprendizagem e a abordagem correta para lidar com eles. Ademais, disciplinas envolvendo psicopedagogia devem estar mais presentes nas matrizes curriculares de educadores, ampliando suas relações individuais com os alunos e mitigando casos de exclusão e segregação pedagógica. Dessa forma, a escola cumprirá seu papel transformador e caminharemos rumo a uma educação mais justa e humanizada.
Carregando as redações...
Aguarde um momento...
Gabriel Dias
São José dos Pinhais - PR