Redação #730372
Negacionismo se da ao ato de rejeitar, e denominar como falso um fato, ainda que, incontestável e aceito pela ampla comunidade científica. Os interesses acerca de tal discurso podem ser os mais diversos, desde crenças religiosas à objetivos politicos, e por mais estupido que pareça impugnar um fato consumado, não são poucos, os chamados negacionistas, tendendo a abrangir um grande número de seguidores, através da arte retórica, mesmo que de forma infundamentada, um exemplo são os antivacina, grupo que tem ganhado força nos ultimos anos, e mais precisamente durante a atual pandemia de Covid-19, um movimento que implica não somente no bem-estar individual, mas também de toda uma comunidade.
Uma vez que, determinados individuos escolhem não se vacinar, tal qual seus dependentes, este conjunto fica suscetível a não só contrair a doença, como também transmitir para outros dois agrupamentos, os de outras pessoas que igualmente escolheram não se vacinar, e daquelas que por alguma circunstãncia não o podem fazer. E embora claramente traga danos a sociedade, este elóquio vem sendo reforçado, no Brasil, por figuras de grande influênca, como o atual presidente da república.
Em diversos depoimentos, Bolsonaro deixou claro sua desafeição por medidas de proteção contra o novo Coronavírus, ignorando frequentemente sua capacidade de mortalidade, em algumas oportunidades o representante ja disse que não iria se vaciar, indicou medicamentos, não eficazes contra o vírus (cloroquina), irregularmente, e defendeu o não uso de mascaras de proteção. Outro caso, foram seus discursos negacionistas de cunho ambiental, enquanto líderes mundiais precionavam o governo brasileiro acerca do desmatamento, os depoimentos tratavam sempre de uma tentantiva de convencer que a situação não estava tão grave, em um plano onde punha seus interesses econômicos acima da defesa ambiental e de saúde.
Pode-se concluir então que, no negacionismo, em sua grande maioria de vezes, a ignorância não se trata da causa, mas sim da consequência, pois além da verdade, a mentira também pode ser uma grande arma, utilizada por aqueles que detém poder, defendendo sobretudo seus interesses, assim como os antigos sofistas. O caminho mais certo para o tratamento do problema é a disseminação em verdade daquilo que é ciência, com maior participação de órgãos democráticos, tal qual a implementação de leis contra a dispersão de ideias sem embasamento, pondo fim as inverdades, e disseminando de maneira efetiva, de clara e facil compreenção, apenas o genuíno, o conhecimento empírico.
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